Parece ser um crime a resistência ao coletivo. E não me refiro agora tão somente ao viés político que a dicotomia indivíduo/coletivo pode representar, mas toda uma série de atitudes e pensamentos.
Ora, vejam. O indivíduo está preso agora aos seus círculos de amizade.
São ordens que saem dos olhos do seu grupinho que anseia cada vez mais por uma unidade e coesão. Graças, claro, à fragmentação e à perda dos valores mais fundamentais.
A humanidade rasteja para buscar uma identidade grupal e extremamente subdividida.
Dane-se o indivíduo, tal qual ele é. O importante é fazer parte de qualquer grupo. Qualquer mesmo. E fingir ser espirituoso.
São ordens que saem dos olhos do seu grupinho que anseia cada vez mais por uma unidade e coesão. Graças, claro, à fragmentação e à perda dos valores mais fundamentais.
A humanidade rasteja para buscar uma identidade grupal e extremamente subdividida.
Dane-se o indivíduo, tal qual ele é. O importante é fazer parte de qualquer grupo. Qualquer mesmo. E fingir ser espirituoso.
A grande moda é dizer que tem uma filosofia de vida. O que não se sabe, ou não se quer perceber é que essa grande filosofia pós-moderna de vida é hedonista, cínica e moralista. Tudo ao mesmo tempo.
Não se encara com naturalidade as relações afetivas espontâneas, mas colocam-se num pedestal as mais horrendas “formas de amor”, as mais espúrias, mais sacais, mais confusas e mais efêmeras. O relacionamento deixou de ser uma construção para tornar-se uma expectativa descabida de "até onde vai durar'?
Estamos tão cínicos que até mesmo aqueles que se aventuram a tirar a venda dos olhos para essa efemeridade e niilismo de valores e racionalidade, viram o rosto com repulsa para adentrar no ângulo mais confortável. Estamos muito sozinhos nas nossas zonas de conforto.
Estamos sempre mais ou menos satisfeitos.
30 de junho de 2014Natalia Vilarouca é Acadêmica de Direito da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e Especialista do Instituto Liberal.
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