A Presidenta Dilma Rousseff tomou, literalmente, uma ducha de água gelada e ficou mais PT da vida ainda com a divulgação, pela revista Exame, de que a Petrobras tem extraído, em média, para cada barril de petróleo, um barril de água, na Bacia de Campos – que responde por 80% da produção nacional. Não vai ser fácil demonstrar aos investidores que a produção da Petrobras volte a subir, para diminuir as perdas dos acionistas.
O “fenômeno Aquabras”, confirmando a queda de produção da Petrobras, não será o único a impactar o nervoso mercado nesta terça-feira, quando a petroleira divulga seu balanço e o Plano Estratégico 2030. A famosa defasagem nos preços dos combustíveis – manobra do controlador governo – e o câmbio serão novamente motivo da gritaria dos investidores. Estima-se que o lucro líquido da companhia deve ficar entre R$ 20 bilhões e R$ 23 bilhões em 2013 – bem menos que os R$ 21,18 bilhões de 2012 – que foi o pior resultado em oito anos.
Geólogos advertem que o pouco investimento em novos poços, declínio natural e má gestão de reservatórios explicam a queda de produtividade de óleo, enquanto a quantidade de água nas plataformas passa de 1,5 milhão de barris/dia – conforme dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). A corrida pela autossuficiência – conto do vigário do governo Lula –, injetando-se mais água nos poços para acelerar a produção antes do tempo, pode ter causado o efeito “Aquabrás”
O fenômeno da “Aquabras” chegou a ser apontado no último relatório do HSBC sobre a estatal de economia mista. Luiz Carvalho, analista do banco britânico, escreveu: "Seguindo uma tendência dos últimos seis meses, o excesso de produção de água como um subproduto se tornou um sério problema na Bacia de Campos."
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) calcula que a Petrobras teve uma perda de R$ 1 bilhão com a importação de gasolina e diesel no quatro trimestre do ano passado, considerando o valor gasto e a receita obtida com a venda no mercado interno. Sem poder reajustar a gasolina e o diesel, a Petrobras tem elevado os preços de outros produtos que não afetam diretamente o índice de inflação. Já há reclamações da industria de papel e celulose (por causa dos reajustes de solventes e ureia) e navios de cabotagem (sobre os reajustes dos preços do bunker, óleo combustível de navio).
Além dos resultados abaixo do esperado, a Petrobras vira alvo de denúncias de corrupção. Investidores vão entrar com ações judiciais em Nova York para cobrar explicações sobre escândalos como a refinaria de Pasadena, a compra de plataformas dos holandeses, os prejuízos com a refinaria Abreu e Lima, os contratos suspeitos de superfaturamento no Complexo Petroquímico de Itaboraí, a Gemini, o caso BB Milenium e tantos outros que darão dor de cabeça ao governo, e devem levar dirigentes da companhia á barra dos tribunais nos EUA.
Revanchismo orçamentário
Adivinha qual foi o ministério que teve o maior corte orçamentário na tesourada dada pelo Guido Mantega, na semana passada?
O da Defesa: perdeu R$ 3,5 bilhões.
A dotação aprovada para os militares caiu de R$ 14,79 bilhões para R$ 11,29 bilhões.
Sinal de que, em termos de penúria, tudo ainda fica pior que dantes no quartel do Abrantes...
Fotos de guerra
Para quem gosta de fotografias de guerras ou conflitos urbanos, um prato cheio...
A recente batalha de Kiev, em mais de 70 fotos impressionantes:
Socorro baiano?
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, deveria mudar de pai de santo...
Uma cratera que se abre na esquina das ruas Barata Ribeiro e Miguel Lemos, em Copacabana, é mais um complicador para o trânsito da cidade, que vem dando nós, desde as radicais intervenções urbanas da Prefeitura.
Agora, os cariocas só ficam na expectativa de que as obras sejam entregues no prazo – o que, no Brasil, só acontece por milagre -, para que não se torne permanente o caos dos engarrafamentos.
Périplos tupiniquins
Do médico Humberto de Luna Freire Filho, sempre cutucando a turma do Palhaço do Planalto:
“A dona Dilma, em sua penúltima viagem a Europa, fez uma farra em terras Lusitanas e retornou por Cuba onde inaugurou a maior obra de seu governo; o porto de Mariel. Será que, após alugar o papa para garoto propaganda da copa, ela não voltará por Caracas? Afinal o seu amigo Maduro está em maus lençóis e uma reunião entre os dois, sob as bênçãos de um passarinho, possa por a revolução bolivariana nos trilhos”.
Privadas dos governantes
De Mário Dente, refletindo sobre o dilema do capimunismo tupiniquim:
“O governo federal parece preferir as empresas estatais. Pode colocar nelas grande número de cumpanheros e os amigos ganham muito por participar das reuniões dos dos "conselhos". O ramo petrolifero criou enormes e lucrativas empresas em outros países e, aqui, está perdendo dinheiro e sua gasolina é de baixa qualidade porque não tem concorrentes. Compare-se como estão Embraer e Vale, privatizadas, e suas situações quando estatais. Quando os dirigentes de empresas não adotam decisões que podem, afetar o próprio bolso, não se preocupam se são as certas ou erradas pois eventuais perdas são da viúva. Veja-se a situação da infra estrutura rodoviária, ferroviária, portos e aeroportos que só após dez anos de governo petista começaram a ser privatizados. Os significados do título deveriam ser trocados: as estatais são privadas dos governantes”.
Vegetando e andando
O Rei, no anúncio da Friboi.
Marcelo Madureira, sempre imperdoável, no Casseta & Planeta virtual.
Efeito Friboi
Missão de preso
Aguardando doações
Obedece quem tem juízo...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
24 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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