"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

O RACISMO EXPLÍCITO DE UM TAL DE PAULO NOGUEIRA


Para começar, eu confesso que tinha esquecido (ou não sabia) quem é Paulo Nogueira. Não era pra lembrar mesmo, mas do que eu tive saco para pesquisar, ele “mereceu” um post do Reinaldo Azevedo intitulado “Um certo Paulo Nogueira pede a minha cabeça à Editora Abril” além de fazer questão de frisar que ele é jornalista e “fundador e diretor editorial do site de notícias e análises ‘Diário do Centro do Mundo’”, como se isso fosse um mérito, mas o problema é que trata-se de mais uma espelunca esquerdista, o que, fora os posts carregados de besteiras, pode ser confirmado pelo que ele chama de “nossas leituras preferidas”, que incluem os blogs chapas-brancas petralhas Viomundo, Blog do Nassif, Tijolaço, Blog do Miro e Conversa Afiada.

Essas duas informações já são suficientes para qualificá-lo como irrelevante. Em todo caso, um artigo assinado por ele me chamou atenção: “De Pelé a Joaquim Barbosa, é sempre a mesma história”, que “recomendo” a todos a leitura, não sem antes explicar que eu o condensei sem tirar uma vírgula, mas suprimindo parágrafos, já que o suposto jornalista usa um por frase, bem ao estilo de outro melequento, o PHAmorim (os grifos são meus).
 
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Paulo Nogueira: De Pelé a Joaquim Barbosa, é sempre a mesma história
 
Não é um assunto fácil de tratar. Mas, ao mesmo tempo, não posso deixar de enfrentá-lo. Começo, então, com uma digressão.
 
Uma das coisas notáveis que o ativista negro Malcom X fez pelo seu povo foi, em suas pregações, elevar-lhe a auto-estima. Malcom X, com seu poder retórico extraordinário, dizia aos que o ouviam que deviam se orgulhar de sua aparência. Os lábios grossos de vocês são lindos, bem como o cabelo crespo, bem como as narinas dilatadas – bem como, sobretudo, a cor de sua pele. Os negros americanos tinham sido habituados a se envergonhar de sua aparência, e a buscar tudo que fosse possível para aproximá-la da dos brancos. O próprio Malcom X, na juventude, alisou os cabelos.
 
Não foi por vaidade que um dos seguidores de Malcom X, Muhammad Ali, dizia que era o homem mais bonito do mundo. Ali estava na verdade dizendo aos negros que eles eram bonitos. Ali casou algumas vezes, sempre com negras. Era mais uma maneira de sublinhar a beleza dos negros. Se Ali, no apogeu, tivesse casado com uma loira a mensagem não poderia ser pior.
 
Pelé, no Brasil, teve uma atitude bem diferente – e não apenas ele. Era como se na ascensão dos negros no Brasil estivesse incluída a mulher branca. Falta de consciência? Alienação? Deslumbramento? Compensação? Alpinismo social? A resposta a esse fenômeno é, provavelmente, uma mistura de todos estes fatores. Pelé casou com uma branca, Rose, há meio século. Depois, passou para uma Xuxa adolescente. É uma bênção para as negras brasileiras que seu orgulho nunca tenha estado na dependência de estímulos de celebridades como Pelé.
 
Quanto mudou o cenário nestes cinquenta anos fica claro quando se olha a fotografia da namorada de Joaquim Barbosa. Não mudou nada. Quando, algum tempo atrás, falaram que JB fora fotografado em Trancoso numa pizzaria com uma namorada, imediatamente pensei: branca e com idade para ser sua filha. Ao ver a foto, ali estava ela, exatamente como eu antecipara para mim mesmo.
 
Não sou tão inteligente assim. Mas observo as coisas. Seria esperar demais que JB, por tudo que já mostrou, agisse diferentemente. Que estivesse mais para Ali do que para Pelé. Os traços de personalidade já estavam claros. Numa entrevista à Veja, ele se gabou dos ternos de marca estrangeira que estão em seu guarda-roupa. Não é uma coisa pequena senão por ser grande na definição de caráter.
 
A partir desse tipo de coisa, você pode montar os dados básicos do perfil  da pessoa. Ou alguém imagina, para ficar num personagem dos nossos dias, um Pepe Mujica falando de grifes a repórteres?
 
De Pelé a JB, o Brasil sob certos aspectos marchou para o mesmo, mesmíssimo lugar. Racismo não faltou, neste tempo todo. Faltou foi gente do calibre de Malcom X e de Muhammad Ali.
 
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Bom, esse idiota que, em outro post, “elegeu” Joaquim Barbosa “o pior brasileiro do ano” não só exibe uma ignorância inigualável, como também um tipo de racismo - o pior deles - que eu imaginava extinto: a segregação total e absoluta. E isso é crime!
 
Só nas minhas relações há, pelo menos, uma dúzia de casais que não atendem às determinações desse celerado e, muito menos, a eles podem ser atribuídos “interesses” ou deslumbramentos de pretos por brancas e vice-versa, como ele dá a entender.
 
Esse sujeitinho, esquerdopata asqueroso, é mais um bom exemplo da mentalidade dessa gentinha nojenta que tomou conta do País, que adora chamar quem é de direita de fascista, muito embora, por total desconhecimento, má fé e burrice somados, não se assumam como os únicos e legítimos merecedores da (des)qualificação.
 
Vagabundos dessa espécie deveriam estar na cadeia se o Brasil atual fosse sério.
 
03 de janeiro de 2013

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