"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de dezembro de 2013

INFLAÇÃO DEVE DERRUBAR POPULARIDADE DE DILMA EM 2014. O QUANTO? DEPENDE DA OPOSIÇÃO.



 A inflação recuará no início de 2014, mas voltará a subir em meados do ano, o que fará com que seu pico ocorra durante a campanha eleitoral, que começa em julho. Esse é o cenário de muitos bancos e consultorias. Caso se concretize, poderá fazer com que a alta de preços seja um dos principais temas dos debates entre os candidatos à Presidência.
 
Segundo as previsões, tanto a inflação de alimentos como a de serviços perderão força, mas seguirão em patamar elevado. Um aumento mais moderado do salário mínimo contribuirá para uma menor pressão sobre os preços como os de mão de obra e de serviços domésticos. Já as tarifas administradas (estabelecidas por contrato ou pelo governo) subirão com muito mais força no próximo ano. Em 2013, o governo reduziu o valor da energia elétrica e segurou até recentemente o reajuste do preço defasado da gasolina.
 
"Não vai ter corte no preço de energia elétrica em 2014, o preço da gasolina deverá voltar a subir. Então, a pressão dos administrados sobre a inflação será maior", afirma Elson Teles, economista do Itaú Unibanco. As tarifas de transporte público, no entanto, não deverão subir: "É difícil imaginar alta em ano de eleição".
 
PROTESTOS
 
As manifestações de junho passado foram deflagradas pelo aumento dos preços de transporte e acabaram provocando o cancelamento da alta em muitas cidades. O papel da inflação nos protestos deixou claro seu possível impacto eleitoral, levando o governo a assumir um discurso de menor tolerância à alta de preços. Além disso, o Banco Central continuou subindo a taxa de juros.
 
Mas analistas acreditam que, apesar do aperto monetário dos últimos meses, os preços continuarão pressionados em 2014, o que poderá dificultar a reeleição da presidente Dilma, cuja popularidade tem se recuperado. "A experiência do segundo trimestre de 2013 sugere que a popularidade presidencial é suscetível ao aumento da inflação", diz trecho de relatório do Credit Suisse. O cenário principal do banco prevê que a inflação atingirá um pico de 6,3% em setembro. Mas a instituição ressalta o risco de que uma depreciação cambial mais forte que a esperada leve o IPCA a 6,9% (acima do teto da meta, de 6,5%) em agosto, quando começará a campanha eleitoral no rádio e na televisão.
 
Uma recuperação mais rápida do que o previsto nos EUA é um dos fatores que podem provocar uma desvalorização acentuada do real. Isso porque seria acompanhada de migração de investimentos de países emergentes para o mercado americano. Para Rafael Cortez, cientista político da Tendências Consultoria, como o ponto central do discurso de Dilma deverá ser o da continuidade em relação ao governo Lula, a sensação de bem-estar da população será importante para seu resultado nas urnas. Além disso, afirma ele, pesará muito a forma como a inflação será abordada no discurso da oposição.
 
(Folha de São Paulo)
 
08 de dezembro de 2013
in coroneLeaks

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