"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

... E O BRASIL ASSISTE CALADO. SÓ FALTA APLAUDIR! E, QUEM SABE, AGRADECER...

 
Dilma reduz investimentos em fronteiras e presídios. Bandidos gratos à companheira
Corte em 2013 atinge áreas essenciais do combate ao crime. Ministério da Justiça minimiza queda e diz que houve aumento nos gastos para grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014, e com o enfrentamento ao crack

 
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça
José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça (Ueslei Marcelino/Reuters)
 
O governo federal desacelerou investimentos no programa de proteção às fronteiras e no apoio à construção de presídios estaduais em 2013. Segundo dados divulgados pelo próprio Ministério da Justiça nesta terça-feira, o ano deverá terminar com uma queda de 18,5% nos investimentos do Plano Estratégico de Fronteiras, e de 34,3% no valor destinado ao Plano Nacional de Apoio ao Sistema Prisional.
 
O primeiro projeto recebeu 361,7 milhões em 2012, e terá 295,1 milhões neste ano. O segundo registrou uma queda de 361,9 milhões de reais para 238 milhões de reais.
 
As duas áreas preteridas pelo governo são essenciais para o combate ao crime porque, pelas fronteiras, entram drogas e armas que abastecem o crime organizado nas grandes cidades. Além disso, sem a expansão adequada na construção de presídios, aumenta o número de criminosos colocados nas ruas por falta de vagas em unidades prisionais.
 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não quis comentar os números e disse apenas que o governo está atento às fronteiras. "Estamos aumentando contingente nas fronteiras, sem prejuízo para a aquisição de equipamentos". Cardozo também foi evasivo ao tratar dos presídios: "No ano que vem, teremos muitas entregas. E o que não for entregue estará pronto em 2015". 
 
Aumento - Ao todo, os investimentos em segurança pública do Ministério da Justiça devem ter um aumento, de acordo com estimativa divulgada nesta terça-feira. Se a previsão da pasta se cumprir, o ano encerrará com 4,2 bilhões de reais empenhados para o setor, em um cálculo que inclui investimentos e custeio, mas não inclui o pagamento de salários. Em 2012, o total foi de 3,5 bilhões de reais. 
 
Até agora, entretanto, o total empenhado é bem menor: cerca de 2,5 bilhões de reais - 60% do total previsto. O Ministério da Justiça informa que os gastos costumam se acelerar nos dois últimos meses do ano, o que justificaria a previsão mais elevada.
 
Os programas que tiveram mais acréscimo de recursos em 2013 foram o de preparação para grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014, e o enfrentamento ao crack.
 
A secretária-executiva do Ministério da Justiça, Márcia Pelegrini, disse que o aumento de 7,6% na taxa de homicídios em 2012 não significa que o governo esteja adotando uma estratégia errada de combate ao crime. "Não podemos dizer, hoje, que há aplicação de recursos de forma errada. Temos que monitorar para ver o resultado num prazo um pouco maior", disse.
 
Ela também afirmou que o corte nos planos de proteção fronteiras foi "pequeno" e que, de 2011 para 2012, o valor aplicado ao programa passou de 70 milhões de reais para 361 milhões de reais. Sobre a construção de presídios, a secretária afirmou que o compromisso de aplicação de 1,1 bilhão de reais entre 2011 e 2014 está assegurado.

12 de novembro de 2013
Gabriel Castro - Veja

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