"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de setembro de 2013

REJEIÇÃO A CABRAL, CAPACHO DA DUPLA LULA-DILMA, É TEMA DA "THE ECONOMIST"

Rejeição a Sérgio Cabral é tema da 'The Economist'.  Crise no governo do Rio, estado mais atingido pelas manifestações de rua, e derrocada do governador estão na edição desta semana da revista britânica

Sérgio Cabral é observado por aliados em entrevista no bairro de Campo Grande
Sérgio Cabral é observado por aliados em entrevista no bairro de Campo Grande (Carlos Magno/Divulgação-Governo do Estado do Rio de Janeiro)

A queda de popularidade do governador do Rio, Sérgio Cabral, e os três meses de protestos no estado são tema de uma reportagem da revista The Economist desta semana. A publicação britânica, de circulação mundial, destaca na reportagem "De herói a vilão no Rio" a brusca escalada da rejeição a Cabral, reeleito com 66% dos votos em 2010 e com meros 12% de aprovação a seu governo, de acordo com uma pesquisa a última pesquisa Ibope – instituto não citado pela reportagem.
A Economist atribui parte do sucesso anterior do governador ao momento de euforia da economia brasileira e credita às políticas de segurança grande parte da aprovação popular mantida por Cabral até junho deste ano, quando eclodiram os protestos de rua em todo o Brasil. Apresa de citar os avanços em parte das favelas cariocas, beneficiadas com o programa de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), a matéria mostra como velhos problemas ligados às forças de segurança ainda assombram o estado, como a morte de nove pessoas no Complexo da Maré, em junho, dois dos quais inocentes. A ação, deflagrada após a morte de um policial do Bope, é citada como uma espécie de vingança desastrada das forças policiais do estado.
 
Outro episódio crítico mencionado pela revista é o desaparecimento do pedreiro Amerildo, visto pela última vez no dia 14 de julho, quando foi conduzido para a UPP da favela da Rocinha. Amarildo virou uma espécie de mártir da revolta popular, sendo citado até em protestos no estado de São Paulo.
 
A publicação cita ainda a dificuldade de expansão do programa de UPPs – carro-chefe da política de segurança de Cabral – como um desafio para a manutenção do poder com o grupo político atual. Segundo a reportagem, moradores de áreas fora do eixo turístico do Rio sabem que podem ter que esperar até uma década para ter acesso aos benefícios levados a favelas como o Morro Dona Marta e o Complexo do Alemão, e temem, com isso, um aumento da violência urbana alimentado pela fuga de bandidos que escapam das ocupações para criação das novas unidades da polícia.
 
A reportagem é concluída com uma reflexão sobre o futuro político de Cabral e do estado: a partir de agora, os moradores do Rio querem mais que segurança para entregar seu voto ao próximo governador.

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