"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de setembro de 2013

BRASIL É O ÚLTIMO EM RANKING SOBRE EFICIÊNCIA DE SISTEMAS DE SAÚDE

Levantamento da consultoria Bloomberg foi feito em 48 países que têm PIB per capita acima de US$ 5.000



Nos últimos meses, propostas de melhorias no sistema público de saúde brasileiro têm sido alvo de debate.

A presidente Dilma Rousseff anunciou o Programa Mais Médicos, que, entre outras medidas, prevê a contratação de médicos estrangeiros para atuar em locais onde faltam profissionais.

A classe médica se opôs à medida, dizendo que o problema é a falta de investimentos em infraestrutura. Médicos não vão trabalhar no interior do país por falta de condições, dizem as entidades.
No Congresso, parlamentares mudaram uma proposta do governo para destinar recursos dos royalties do petróleo também para a saúde, não apenas para a educação.

Nesta semana, a lei foi sancionada. Em uma década, as áreas receberão R$ 112,25 bilhões, segundo estimativas oficiais. Desse total, 25% irá para a saúde.
 
Mais recursos bastam para melhorar o atendimento? Não necessariamente, diz um estudo sobre eficiência de sistemas de saúde feito recentemente pela consultoria norte-americana Bloomberg. Altíssimos gastos não implicam na melhor qualidade dos serviços e dos indicadores sociais de um país.
 
O levantamento colocou o Brasil em último em uma lista com 48 países. Foram levados em consideração os custos da saúde e a expectativa de vida da população. O ranking não trata dos melhores serviços de saúde do mundo, porque outros itens precisariam ser avaliados, mas oferece uma medida geral da qualidade em função do custo.
 
 
 
O Brasil investe na área mais que o dobro que a Venezuela (26ª posição), mas a expectativa de vida é semelhante – a média por aqui é de 73,4 anos e no país de Nicolás Maduro, 74,3. Líder em gastos (17,2% do PIB per capita), os Estados Unidos estão na 46ª posição, perdendo apenas para a Sérvia e o Brasil. A expectativa de vida dos americanos é de 78,6 anos.
 
No topo da lista está Hong Kong que, investindo 3,8% do PIB per capita, consegue oferecer um bom sistema público de saúde. Segundo o governo, além de procurar garantir a qualidade dos serviços à toda população, os serviços privados são controlados de perto para manutenção dos altos padrões.

14 de setembro de 2013
AMANDA POLATO (TEXTO), NATÁLIA DURÃES E RENATO TANIGAWA (ARTE) - Época

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