"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de setembro de 2013

DO "EVERYTHING" AO "ANYTHING"

Dilma exigiu "everything". Ganhou "anything". Sem jogo de cintura, a mala diplomática não sabe como voltar atrás.
O uso politiqueiro do episódio da suposta espionagem agora tem um preço altíssimo para o Brasil. Dilma, a "diplomala", quis colocar Obama na parede, deixa-lo sem saída. Resultado: exigiu "everything". Levou "anything". E as empresas que paguem o preço do distanciamento com o nosso mais importante parceiro comercial.
 
 
A presidente não deverá viajar aos Estados Unidos, no dia 23 de outubro, para encontrar o presidente Barack Obama, conforme programado anteriormente, se Washington não der uma resposta mais firme em relação ao caso de espionagem no Brasil, revelado recentemente. A informação foi confirmada ao GLOBO por um auxiliar direto da presidente Dilma. A própria comunicação pessoal da presidente foi espionada, segundo as denúncias baseadas em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden, que está atualmente em asilo na Rússia.
 
Segundo esse auxiliar, a viagem aos Estados dependerá de um novo posicionamento do governo americano em relação ao caso. — A decisão de não viajar foi tomada na sexta em Brasília. Se não houver um posicionamento mais firme do governo sobre o caso, a presidente não viajará — disse o interlocutor da presidente. Segundo esse auxiliar, o governo americano já entendeu o descontentamento da presidente brasileira e trabalha com a hipótese de adiar o encontro entre Dilma Roussef e Barak Obama.
 
A maior preocupação do governo brasileiro é ser pego de surpresa com novos vazamentos de informações às vésperas da viagem, o que traria mais constrangimento para o  governo brasileiro em relação ao caso. — É uma decisão difícil, mas que diz respeito à soberania brasileira — disse o interlocutor.
Embora o Brasil seja apenas um dos vários alvos apontados da espionagem americana, as revelações aqui foram especialmente polêmicas por causa da desconfiança de longa data em relação às atividades das agências de espionagem dos Estados Unidos e de uma reportagem que afirmou que as comunicações privadas de Dilma foram comprometidas.
 
(O Globo)

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