Especialista em inovação pública explica os benefícios das novas técnicas para as gestões municipais
Quando falamos em técnicas inovadoras a maioria das pessoas entende como novas tecnologias, mas o economista e especialista em inovação pública Gustavo Grisa, explica em entrevista exclusiva para o Instituto Millenium que a verdadeira inovação está na maneira de enxergar os serviços, as tecnologias são apenas ferramentas facilitadoras.
Há menos de um mês das eleições municipais, o especialista ressalta a importância da população escolher gestores que tenham uma visão mais aberta de governo, já que o modelo em que o poder público é responsável por todos os setores da administração está cada vez mais obsoleto.
“A inovação está muito na cabeça dos gestores e na maneira que irão organizar. A tecnologia vem depois, ajuda na parte de execução. E o principal objetivo dessa inovação é a qualidade dos gastos públicos. É termos cada vez mais recursos e mais condições de fazer as coisas acontecerem e não ficar refém apenas de pagar gastos fixos e não conseguir realizar. Essa é a grande revolução da inovação na gestão municipal”, disse.
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Uma técnica que já vem sendo adotada em algumas cidades do Brasil para a melhoria nas gestões públicas é o consorciamento, na qual municípios se aliam para prestação de serviços. “A tendência é que cidades vizinhas passem a se juntar, quando geograficamente próximas, e oferecer seus serviços compartilhados. Isso, por exemplo, é muito importante na parte de saúde, nos serviços de especialidades médicas, uma coisa cara. Então uma cidade pode oferecer uma especialidade, a outra cidade oferece outro serviço e elas vão se complementando e reduzindo os seus custos”, afirmou.
Outra iniciativa que Grisa apresenta como uma “revolução silenciosa” para a transformação urbana das cidades são as PPPs – parcerias público-privadas, com cessão de áreas e serviços.
“O Governo passa a ser menos executor e mais um organizador, um indutor das ações junto com a sociedade e a iniciativa privada, sempre com transparência. Então aquela história de que o Governo faz tudo, controla tudo e emprega as pessoas, começa a mudar”, explicou.
Governo empreendedor
Para o especialista em inovação pública, o grande desafio para os próximos anos, especialmente 2021, mas também a solução para os problemas agravados pela pandemia e aumento da transparência nas gestões municipais, é a transformação de posicionamento dos governos de prestadores de assistência para empreendedores.
Grisa reforça que um novo olhar está sendo repensado até para a cultura de achar que é sempre preciso ampliar as estruturas, como novos prédios de saúde, por exemplo. A busca atual é para melhorar a qualidade das estruturas já existentes e para que isso ocorra, é fundamental aumentar o diálogo e envolver universidades e setor privado.
“É quebrar alguns tabus que existem em relação a execução de coisas públicas, e também é ter um controle melhor de resultado de serviço. A gente pode monitorar, por exemplo, quando uma escola funciona melhor do que a outra, ou porque uma unidade de saúde está atendendo melhor do que a outra”, finalizou.
27 de outubro de 2020
Há menos de um mês das eleições municipais, o especialista ressalta a importância da população escolher gestores que tenham uma visão mais aberta de governo, já que o modelo em que o poder público é responsável por todos os setores da administração está cada vez mais obsoleto.
“A inovação está muito na cabeça dos gestores e na maneira que irão organizar. A tecnologia vem depois, ajuda na parte de execução. E o principal objetivo dessa inovação é a qualidade dos gastos públicos. É termos cada vez mais recursos e mais condições de fazer as coisas acontecerem e não ficar refém apenas de pagar gastos fixos e não conseguir realizar. Essa é a grande revolução da inovação na gestão municipal”, disse.
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Uma técnica que já vem sendo adotada em algumas cidades do Brasil para a melhoria nas gestões públicas é o consorciamento, na qual municípios se aliam para prestação de serviços. “A tendência é que cidades vizinhas passem a se juntar, quando geograficamente próximas, e oferecer seus serviços compartilhados. Isso, por exemplo, é muito importante na parte de saúde, nos serviços de especialidades médicas, uma coisa cara. Então uma cidade pode oferecer uma especialidade, a outra cidade oferece outro serviço e elas vão se complementando e reduzindo os seus custos”, afirmou.
Outra iniciativa que Grisa apresenta como uma “revolução silenciosa” para a transformação urbana das cidades são as PPPs – parcerias público-privadas, com cessão de áreas e serviços.
“O Governo passa a ser menos executor e mais um organizador, um indutor das ações junto com a sociedade e a iniciativa privada, sempre com transparência. Então aquela história de que o Governo faz tudo, controla tudo e emprega as pessoas, começa a mudar”, explicou.
Governo empreendedor
Para o especialista em inovação pública, o grande desafio para os próximos anos, especialmente 2021, mas também a solução para os problemas agravados pela pandemia e aumento da transparência nas gestões municipais, é a transformação de posicionamento dos governos de prestadores de assistência para empreendedores.
Grisa reforça que um novo olhar está sendo repensado até para a cultura de achar que é sempre preciso ampliar as estruturas, como novos prédios de saúde, por exemplo. A busca atual é para melhorar a qualidade das estruturas já existentes e para que isso ocorra, é fundamental aumentar o diálogo e envolver universidades e setor privado.
“É quebrar alguns tabus que existem em relação a execução de coisas públicas, e também é ter um controle melhor de resultado de serviço. A gente pode monitorar, por exemplo, quando uma escola funciona melhor do que a outra, ou porque uma unidade de saúde está atendendo melhor do que a outra”, finalizou.
27 de outubro de 2020
Instituto Millenium
Gustavo Gri
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