O “Financial Times” (acima) publicou texto de Paulo Sotero, diretor do Brazil Institute, do Wilson Center, de Washington, que chama a atenção para o fato de outros “think tanks” americanos terem aberto as portas para o pré-candidato Jair Bolsonaro, nesta semana. Em Nova York, ele vai falar à Americas Society/Council of the Americas (AS/COA) e à Brazilian-American Chamber of Commerce. Na capital, deve ser recebido na Universidade George Washington, “a cinco quadras da Casa Branca”.
A AS/COA se justificou: “Temos uma longa tradição de receber candidatos a presidente de todas as linhas, incluindo pessoas com as quais nossos membros possam discordar fortemente”.
APOIO À TORTURA – Sotero lembra que “Mr. Bolsonaro dedicou seu voto pelo impedimento da então presidente Dilma Roussef a um ex-coronel do Exército que chamou de ‘herói nacional’, por seu papel como comandante de uma unidade em São Paulo onde centenas de presos políticos foram torturados, inclusive Ms. Rousseff. Cinquenta deles morreram”. E acrescenta:
“O objetivo da turnê é normalizá-lo como um adepto da economia liberal”.
“ANÚNCIOS RUSSOS” – Na série de reportagens sobre os “anúncios russos”, o “New York Times” publicou um “exame” do Facebook, com o título “Como a Rússia colheu a raiva americana para remodelar a política dos EUA”, usando posts de americanos.
Para Tom Gara, editor de Opinião do “BuzzFeed”, essa conclusão é “bizarra”. “Os americanos remodelaram eles mesmos a América”, afirma.
Lucas Shaw, da Bloomberg, vai além: “Alguém realmente acredita que US$ 200 mil em anúncios comprados no Facebook e no Google tiveram algum efeito numa das eleições mais caras da história?”
12 de outubro de 2017
Nélson de Sá
Folha
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