A tentativa da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, de contemplar aspectos divergentes em seu voto foi alvo de críticas generalizadas. Foi por buscar solução ambígua, disseram integrantes do tribunal, que ela acabou intensamente pressionada a explicitar que ala, de fato, sairia vencedora. O fato de a ministra ter delegado ao colega Celso de Mello a proclamação do voto e de ter feito reparos à própria fala foram apontados como indícios de seu desconforto. No Supremo, os mais incisivos disseram que ela abdicou da condução da sessão.
O resultado do julgamento do Supremo sobre o afastamento de parlamentares não aplacou por completo o temor do Congresso. Ainda que a maioria da corte tenha decidido, após amplo e exaltado debate, encaminhar ao Legislativo sanções que interfiram no exercício do mandato, há no Senado a tese de que a questão precisa ser esmiuçada por meio de uma emenda à Constituição. A nova lei garantiria ao Parlamento a última palavra a respeito do que, no entender dele, cerceia o legislador.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Cármen Lúcia foi uma esperança de dias melhores no Supremo, mas deu tudo errado. A insegurança e os engasgos, a falta de pulso e a personalidade oscilante – tudo isso ficou demonstrado em seu voto no longo entediante, frustrante e revoltante julgamento desta quarta-feira, quando a presidente tinha a responsabilidade de dar o voto de Minerva, mas amarelou, ninguém entendeu se estava de um lado ou de outro, no final ela teve de pedir que o ministro Celso de Mello fizesse a tradução simultânea do voto presidencial, vejam a que ponto chegamos. E foi assim que a Operação Abafa, destinada a inviabilizar a Lava Jato, saiu vitoriosa neste julgamento e escreveu uma página degradante na história do Supremo. Depois voltaremos ao assunto.(C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Cármen Lúcia foi uma esperança de dias melhores no Supremo, mas deu tudo errado. A insegurança e os engasgos, a falta de pulso e a personalidade oscilante – tudo isso ficou demonstrado em seu voto no longo entediante, frustrante e revoltante julgamento desta quarta-feira, quando a presidente tinha a responsabilidade de dar o voto de Minerva, mas amarelou, ninguém entendeu se estava de um lado ou de outro, no final ela teve de pedir que o ministro Celso de Mello fizesse a tradução simultânea do voto presidencial, vejam a que ponto chegamos. E foi assim que a Operação Abafa, destinada a inviabilizar a Lava Jato, saiu vitoriosa neste julgamento e escreveu uma página degradante na história do Supremo. Depois voltaremos ao assunto.(C.N.)
12 de outubro de 2017
Daniela Lima
Folha (Painel)
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