"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

RESERVA NACIONAL DO COBRE EXTINTA POR TEMER ENGLOBAVA NOVE ÁREAS AMBIENTAIS

Resultado de imagem para reserva nacional do cobre
Esta é uma das províncias minerais mais ricas do mundo
O presidente Michel Temer editou decreto nesta segunda-feira (23), que extingue a Reserva Nacional de Cobre, localizada nos Estados do Pará e do Amapá, e que havia sido instituída em 1984. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU). Segundo o texto, a extinção da reserva e seus associados “não afasta a aplicação de legislação específica sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação da natureza, terras indígenas e áreas em faixa de fronteira”.
A reserva do cobre foi criada por meio de um decreto publicado em 24 de fevereiro de 1984. Numa canetada, o presidente militar João Figueiredo esquadrinhou uma área de mata fechada com tamanho equivalente ao do Estado do Espírito Santo, ou oito vezes a dimensão do Distrito Federal. O plano dos militares era explorar, por meio de uma estatal, grandes jazidas de cobre incrustadas na região, mineral extremamente valorizado à época por conta das atividades do setor elétrico. Ocorre que esse plano nunca saiu do papel. Passados 33 anos desde a criação da reserva, o que de fato se criou sobre essas terras foram delimitações de sete florestas protegidas e duas terras indígenas, cobrindo praticamente 80% de toda a área.
ÁREAS PROTEGIDAS – A pedido da reportagem, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) localizou cada uma das unidades e terras indígenas sobre a região.
A área engloba nove áreas protegidas: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d’Este. De todas essas unidades e terras indígenas, apenas uma pequena parcela da Floresta Estadual Paru prevê atividades de mineração. Nas demais áreas, a exploração é 100% proibida, seja por conta da relevância ambiental da unidade ou por falta de um plano de manejo florestal.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – O Brasil é um país riquíssimo, com um povo pobre e milhões de desempregados. Está na hora de escolher entre permanecer pobre para sempre ou explorar as riquezas e se desenvolver. Ao que parece, porém, esta decisão jamais será tomada. Vamos preferir continuar mantendo a Amazônia como Jardim Botânico e Zoológico da Humanidade, ao invés de explorá-la de forma racional e criar reservas em outras áreas do país, para compensar o que for necessário desmatar. E ainda há quem pense que o Brasil é um país independente. Minha ironia, porém, não chega a tanto. (C.N.)


24 de agosto de 2017
Deu no Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário