"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 11 de julho de 2017

TUCANOS FICAM EM CIMA DO MURO E O PSDB NÃO DECIDE SOBRE O "DESEMBARQUE"

Alckmin, o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati, Serra e o deputado Ricardo Tripoli falam à imprensa após encontro da sigla
Depois da pizza, a “animação” do PSDB era contagiante
Após quatro horas de reunião nesta segunda-feira (10), líderes do PSDB adiaram a definição sobre o desembarque do governo de Michel Temer e deixaram para a bancada da Câmara a decisão sobre o posicionamento diante da denúncia contra o presidente. Segundo o líder da bancada do partido, Ricardo Tripoli, a questão será discutida entre deputados tucanos nesta terça ou quarta-feira.
“Essa decisão [de deixar cargos no governo] vai ser discutida após termos uma definição pelo líder Tripoli da posição da bancada em relação à votação que vai ter na quinta-feira [na Comissão de Constituição e Justiça]”, disse o presidente do partido, Tasso Jereissati.
HÁ MAIORIA – Ele disse que não há uma tendência clara na bancada, mas Tripoli vê uma maioria se formando pela aceitação da denúncia contra Temer.
Tasso afirmou que o partido concordou em eleger uma nova direção em agosto. Em maio, o então presidente do partido, Aécio Neves, se afastou do cargo após a delação da JBS. Segundo Tasso, o partido precisa discutir um novo programa e refletir sobre “erros”.
Participam do encontro 16 lideranças do partido, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o prefeito João Doria, os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e cinco governadores do partido.
PANO DE FUNDO – Segundo relatos, a dificuldade de Temer para se manter no cargo, ainda que nem sempre verbalizada, ficou como pano de fundo das falas de cada um.
Alckmin, Serra e Aécio reconheceram a dificuldade de a reforma da Previdência avançar. FHC disse que o governo Temer errou na justificativa da medida. Em vez de dizer que a reforma seria para combater privilégios, disse que o objetivo era combater o deficit. O ex-presidente também fez um apelo contra o fogo cruzado, com um tucano rebatendo o outro.
Tasso foi mais assertivo na defesa do desembarque, mas foi lembrado de que a reunião não tinha poder deliberativo. Beto Richa, governador do Paraná, destoou dos demais governadores presentes, com posição favorável à saída do PSDB do governo. O governador de Goiás Marconi Perillo falou da necessidade de uma agenda com teses corajosas, que representem mudanças radicais como por exemplo a adoção do parlamentarismo.
O cardápio do jantar foi pizza.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Já era esperado e ninguém acreditava em desembarque do governo. Agora, a decisão ficou por conta da bancada na Câmara, que também ficará em cima do muro, sem fechamento de questão. Ou seja, quem quiser vota a favor, quem não quiser vota contra. (C.N.)

11 de julho de 2017
Felipe Bächtold e Thais Bilenky

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