DELAÇÃO PREMIADA DO REBOTALHO
Aspas para o famoso e folclórico rebotalho da crônica esportiva: Curitiba. Sala fria. Repleta de policiais. O farsante decidiu delatar. Abrir o verbo. Logo ele, que adora vazar delações alheias.
Aspas para o famoso e folclórico rebotalho da crônica esportiva: Curitiba. Sala fria. Repleta de policiais. O farsante decidiu delatar. Abrir o verbo. Logo ele, que adora vazar delações alheias.
O cretino pergunta: "O gravador é bom mesmo, doutor? Melhor do que aquele enferrujado do colega Joesley? "Eu garanto. Fala", irrita-se o procurador. Vamos lá. "Não aguento mais tanta angústia. Há anos não consigo dormir. Ruminando, babando ódio, contra quem vou jogar as patas amanhã. Não preciso de provas. Nasci leviano. Morrerei leviano. Acuso e pronto. Dane-se, Jornalista não vai em cana no Brasil. Desde que fui parido, no curral das vacas, sinto uma sofreguidão no peito. Minha sina é falar mal dos outros. Doutor Janota, estou abrindo meu coração ao senhor para tentar, pela última vez, ver se consigo me tornar cidadão decente. Preciso aplacar o ódio, o recalque, a inveja e a frustração que carrego no coração. Deixar de ser anjo torto e cretino. Minha alma tem mau hálito, de tanta imundície que escrevo. Aliás, registre-se: sou apenas um rabiscador de asneiras, sandices, idiotices e imbecilidades.
A Folha de São Paulo ainda me paga por isso. Antes da delação premiada que agora faço ao senhor, doutor Janota, procurei o perdão de Deus."Não diga. Sério? Indaga o doutor Janota. Fui barrado em todas as igrejas católicas de São Paulo. Todos os padres recusaram ouvir minhas confissões. Correram de mim como o diabo corre da cruz.
Agora, doutor Janota, em Curitiba, sei que vou finalmente encontrar a paz que tanto almejo. Não quero mais ser torpe. Juro que não patrulharei mais nenhum diretor, presidente de clube ou jogador.Não insultarei mais a CBF. Tentarei ser menos ordinário. Burrice falar mal da CBF. Os caras lá nem sabem que existo. Não dão a minima para minha medíocre existência.
Percebo que estou perdendo a credibilidade e o respeito profissional. Que já eram escassos. Nos meus muitos endereços que a Receita federal tem, não sou mais saudado com festa nem pelos vigias noturnos. De madrugada, os lixeiros viram a cara. Fingem que não me conhecem. Não quero mais ser um cara repulsivo, arrogante e pretensioso. Juro, doutor Janota, que tentarei rabiscar menos porcariadas. A Folha de São Paulo ainda vai se orgulhar de mim. Nessa linha, tentarei levar comigo a amarga e pretensiosa Mariliz Pereira para o caminho do bem e da ternura.
Prometo, doutor Janota, que voltando para São Paulo, marcarei consulta com uma junta internacional de psiquiatras, psicólogos, pais de santo e pastores evangélicos. Talvez ainda tenha cura. Não aguento mais ter pesadelos com os versos imortalizados no samba de Antônio Maria: "Ninguém me ama/ ninguém me quer/ ninguém me chama de meu amor". Doutor Janot percebe que o rebotalho dissimulado e falso tenta chorar. Em vão.
Amigo da Onça
Neymar, surgido e crescido no Santos, ao lado de Ganso, tornaram-se grandes amigos. Tanto que Ganso é padrinho de casamento de Neymar. Contudo, Neymar deu uma de amigo da onça: Preferiu recomendar Lucas Lima, ao Barcelona, ao invés de Paulo Henrique Ganso. A meu ver, Lucas Lima nunca jogou e jamais jogará mais do que Ganso. Registre-se que Neymar, com o lamentável gesto, mostra, na realidade, que não tem o carinho, apreço e amizade por Ganso que diz ter. Que o episódio sirva de lição para Ganso. Assim caminha a humanidade.
Canalha Joesley
A nação assiste, estarrecida, as pantomimas do cretino e debochado Joesley Batista. É o xodó mais pautado pela imprensa. O moderno e caro jato de Joesley é atração nacional. O chefão da camarilha da JBS cumpre com esmero as ordens da Procuradoria-Geral da República e da polícia federal. Desfia o rosário de escabrosas acusações, contra tudo e contra todos. Sem pudor ou constrangimento. Mente descaradamente para criminalizar e fragilizar Temer. Peraltices e ordinarices de Joesley são repetidas como verdades absolutas. O canastrão age com desembaraço. Fantasiado de paladino e imaculado. Como se nada temesse. Leva fé nos padrinhos que apoiam suas falcatruas. Voltará aos Estados Unidos ainda mais abusado e insolente. Dando gargalhadas e picanhas podres aos brasileiros de bem. É patético se não fosse trágico.
Livro para o lixo
Quase encalhando o livreco do paladino de barro, Deltan Dallagoni, ou melhor, "Deusllagoni",como definiu o advogado Kakay. A demagógica obra já encalha tarde. Não quero nem de graça. Fim honroso e singelo para o impresso bolorento é a lata do lixo.
Esperamos o bom jornalismo
O Brasil parou para conhecer a nova e luxuosa redação da TV-Globo. O telespectador quer, agora, conhecer o novo jornalismo da emissora. Cruza os dedos, faz reza braba. Para que toda notícia seja limpa e isenta. Sem maquiagem ou manipulação. Respeitando-se o contraditório. Sem tripudiar nem esmagar as pessoas. Nem caras e bocas dos repórteres e apresentadores.
Loucura coletiva
Somos loucos. De internar. Juro altos, desemprego avassalador, insegurança assustadora, colaboram para a loucura coletiva. Louca varrida é a juiza que mandou soltar o monstro Roger Abdelmassih. Delator não é louco. É canalha e patife. Corrupto não é louco. Se faz de louco. Louco é quem vota errado. Em vigaristas, oportunidades, mentirosos e hipócritas. Mas loucos ainda porque seguramente continuarão votando na corja de ordinários. Loucos são servidores públicos que apanham da polícia. Juiz de futebol é do tipo louco sádico. Vamos continuar loucos. Loucos em busca de melhores dias. No Brasil e no mundo. Loucos porque vamos continuar lutando.
26 de junho de 2017
Limongi é jornalista. Trabalhou no O Globo, TV-Brasilia, Última Hora de Brasília, Suframa, Universidade de Brasília, Senado Federal e Confederação Nacional da Agricultura.
Amigo da Onça
Neymar, surgido e crescido no Santos, ao lado de Ganso, tornaram-se grandes amigos. Tanto que Ganso é padrinho de casamento de Neymar. Contudo, Neymar deu uma de amigo da onça: Preferiu recomendar Lucas Lima, ao Barcelona, ao invés de Paulo Henrique Ganso. A meu ver, Lucas Lima nunca jogou e jamais jogará mais do que Ganso. Registre-se que Neymar, com o lamentável gesto, mostra, na realidade, que não tem o carinho, apreço e amizade por Ganso que diz ter. Que o episódio sirva de lição para Ganso. Assim caminha a humanidade.
Canalha Joesley
A nação assiste, estarrecida, as pantomimas do cretino e debochado Joesley Batista. É o xodó mais pautado pela imprensa. O moderno e caro jato de Joesley é atração nacional. O chefão da camarilha da JBS cumpre com esmero as ordens da Procuradoria-Geral da República e da polícia federal. Desfia o rosário de escabrosas acusações, contra tudo e contra todos. Sem pudor ou constrangimento. Mente descaradamente para criminalizar e fragilizar Temer. Peraltices e ordinarices de Joesley são repetidas como verdades absolutas. O canastrão age com desembaraço. Fantasiado de paladino e imaculado. Como se nada temesse. Leva fé nos padrinhos que apoiam suas falcatruas. Voltará aos Estados Unidos ainda mais abusado e insolente. Dando gargalhadas e picanhas podres aos brasileiros de bem. É patético se não fosse trágico.
Livro para o lixo
Quase encalhando o livreco do paladino de barro, Deltan Dallagoni, ou melhor, "Deusllagoni",como definiu o advogado Kakay. A demagógica obra já encalha tarde. Não quero nem de graça. Fim honroso e singelo para o impresso bolorento é a lata do lixo.
Esperamos o bom jornalismo
O Brasil parou para conhecer a nova e luxuosa redação da TV-Globo. O telespectador quer, agora, conhecer o novo jornalismo da emissora. Cruza os dedos, faz reza braba. Para que toda notícia seja limpa e isenta. Sem maquiagem ou manipulação. Respeitando-se o contraditório. Sem tripudiar nem esmagar as pessoas. Nem caras e bocas dos repórteres e apresentadores.
Loucura coletiva
Somos loucos. De internar. Juro altos, desemprego avassalador, insegurança assustadora, colaboram para a loucura coletiva. Louca varrida é a juiza que mandou soltar o monstro Roger Abdelmassih. Delator não é louco. É canalha e patife. Corrupto não é louco. Se faz de louco. Louco é quem vota errado. Em vigaristas, oportunidades, mentirosos e hipócritas. Mas loucos ainda porque seguramente continuarão votando na corja de ordinários. Loucos são servidores públicos que apanham da polícia. Juiz de futebol é do tipo louco sádico. Vamos continuar loucos. Loucos em busca de melhores dias. No Brasil e no mundo. Loucos porque vamos continuar lutando.
26 de junho de 2017
Limongi é jornalista. Trabalhou no O Globo, TV-Brasilia, Última Hora de Brasília, Suframa, Universidade de Brasília, Senado Federal e Confederação Nacional da Agricultura.
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