"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

DATAFOLHIZANDO...



Já datafolhizaram os números de Lula e do PT antes da sentença de Moro

Com precisão cirúrgica, o Datafolha força números para colocar Lula como favorito, por mera coincidência antes de Moro dar a sua sentença.

O Datafolha, aquele instituto de pesquisa que garantia que João Doria não chegaria ao segundo turno, novamente soltou uma pesquisa dizendo que Lula é o “preferido” do eleitorado, naquele puro número, ciência exata, completamente irrefutável e auto-probante.

Nos próximos meses, a internet estará abarrotada de comentários sobre como Lula e o PT são os grandes políticos amados pelo povo, sobre como Lula é o preferido nas pesquisas para 2018… Todos se esquecendo de como o Datafolha apenas datafolhizou em todas as pesquisas recentes.

Como caudatário da Teoria da Mera Coincidência, a pesquisa é publicada exatamente na mesma semana em que o juiz Sérgio Moro pode decretar a sentença sobre Lula a respeito do triplex no Guarujá, da propina da Odebrecht em Angola, da compra dos caças suecos beneficiando a MMC Automóveis, do terreno do Instituto Lula (também da Odebrecht) e de um apartamento vizinho ao seu em São Bernardo do Campo, de obstrução da Justiça ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró e também no caso do sítio de Atibaia, além de desvios na Petrobras e no BNDES.

Sem ter como responder objetivamente a tais acusações e fazendo tergiversões jurídicas para desviar a atenção do público como prestidigitadores, a narrativa do PT é a de que os fatos objetivos não importam (como nunca importaram), e tudo o que a lei descobriu de desabonador sobre o ex-presidente seria “perseguição política” e “medo” do poder onipotente de Lula vencer eleições em 2018. Pela Teoria da Mera Coincidência, a pesquisa vem confirmar a narrativa petista-lulista, claro, por mera coincidência.



Para PT, eventual condenação quer afastar Lula das eleições de 2018 ]
https://glo.bo/2ua9dcA
16: 07 - 26 Jun 2017

Há algumas coisas a notar na datafolhização. A mais chocante: Lula é o candidato com maior rejeiçãono eleitorado: 46% do povo não votaria em Lula em nenhuma hipótese. Como os petistas votam positivamente no partido, enquanto todo o resto do povo vota negativamente no menos pior, a rejeição conta indescritivelmente mais do que algum desejo de uma militância lobotomizada (Sérgio Moro, que nem pode ser candidato, tem rejeição de 22%, para se notar como 22% de petistas não quer de forma alguma que um juiz julgue alguém, caso este alguém seja um petista, mormente Lula).

Como sai a manchete datafolhizadora da Folha? PT atinge maior popularidade desde a segunda posse de Dilma. Qual a imensa popularidade soltando fogos que a Folha alardeia? O invejabilíssimo patamar de… 18%. Enquanto 59% da população não tem preferência por partido nenhum. Basta ler a notícia além da manchete para entender como funciona a datafolhização: a aposta certa de que ninguém lerá algo além do título.

Ana Paula Vôlei
Você acredita mais:

5%No DataFolha
4%"Fonte anônima"do NYTimes
40%Fada do dente
51%Unicórnios
9.565 votos•Resultado final

O Datafolha também datafolhiza em relação a Michel Temer: sua aprovação cai a 7%, a menor em 28 anos. 
Ao invés de lembrar que Michel Temer não é ninguém menos do que o vice de Dilma Rousseff, cujo número para ser eleito era o 13. 
Pelo contrário: com o fim do casamento PT-PMDB, a narrativa agora é tratar Temer como inimigo público número 1 do PT. Quase como se fosse um Jair Bolsonaro ou Olavo de Carvalho.

26 de junho de 2017
senso incomum

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