"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

BRASIL EXPORTA CORRUPÇÃO

INVESTIGAÇÃO DE FRAUDE EM ANGOLA ENVOLVE EMPRESÁRIOS BRASILEIROS
QUATRO EMPRESÁRIOS DO BRASIL ACUSADOS DE CORRUPÇÃO EM ANGOLA

INVESTIGAÇÃO DE FRAUDE EM ANGOLA ENVOLVE EMPRESÁRIO BRASILEIRO MINORU DONDO (FOTO: MARCOS TRISTÃO)

O empresário Valdomiro Minoru Dondo e outros três brasileiros são alvos de uma investigação da Justiça francesa, que tem apoio do Ministério Público Federal (MPF), em Angola. O esquema teria lesado a empresa francesa Oberthur Technologies, especializada em papel moeda.

Autoridades apuram a participação de Dondo em um esquema de fraude, apropiação indébita, lavagem de dinheiro e corrupção. O prejuízo chega a cerca de US$ 45,6 milhões, referentes a um contrato de fornecimento de papel moeda com o Banco Nacional de Angola, acordado entre 2001 e 2012.

O MPF pediu o compartilhamento da documentação da Justiça francesa para abrir investigação no Brasil. Dondo já foi citado no escândalo do mensalão, quando uma offshore do empresário foi usada para mandar dinheiro para autoridades angolas, do Brasil para as Ilhas Caymman.

Empréstimos feitos por Dondo junto ao BNDES também foram alvos de suspeita da Polícia Federal. O dinheiro seria usado para atender encomendas do governo angolano, como renovação de equipamentos do Corpo de Bombeiro do país.

Mais recentemente, a Operação Le Coq da PF cumpriu quatro mandados de condução coercitiva, um deles para Dondo, que não foi encontrado pelos agentes federais por estar em Angola. Voltando para o Brasil, o empresário prestou depoimento para o MPF.

Além de Dondo, outros três brasileiros estão supostamente envolvidos no esquema: Oscar Henrique Durão Vieira, Vicente Cordeiro de Lima e Gerson Antonio de Souza Nascimento. Todos serão ouvidos em setembro, na França. Caso não compareçam, será emitido um mandado de prisão internacional pela Interpol.


26 de junho de 2017
diário do poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário