"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

TEMER DEMITE ASSESSOR QUE FOI PRESO, MAS ESQUECE DE PEDIR A PRÓPRIA DEMISSÃO


O assessor especial de Temer, Tadeu, chega preso à superintendência da PF em Brasília
Filipelli, assessor de Temer, é preso pelos federais
O presidente Michel Temer demitiu nesta terça-feira (dia 23) seu assessor especial Tadeu Filippelli, preso na Operação Panatenaico, que investiga um esquema de corrupção nas obras do estádio Mané Garrincha. Temer assinou o ato de exoneração de Filippelli assim que chegou ao Palácio do Planalto, pela manhã, e enviou o documento à Casa Civil. A demissão deve ser publicada no Diário Oficial de quarta-feira (24).
Filippelli é presidente do PMDB-DF e dividia o cargo com as funções que exerce na Presidência da República. Com gabinete no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos metros da sala de Temer, Filippelli era um dos responsáveis pela interlocução do governo com parlamentares e empresários.
VELHO AMIGO – O ex-assessor conhece Temer há quase 20 anos e costumava representar o presidente em eventos do partido. Filippelli é conhecido entre os deputados e senadores como um homem “conciliador”, que falava em nome de Temer.
Nos últimos dias, recusou-se a entrar em uma reunião que havia marcado com Temer porque o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) também estava presente. Disse ao presidente que “respeita” o ministro responsável pela articulação política do Planalto, mas que, como integrante do PSDB, Imbassahy não poderia ficar ciente de todos os assuntos com importância estratégica para o PMDB, partido de Temer
Filippelli integrava um grupo de cinco assessores especiais escolhidos por Temer, no início de seu governo. Além dele, eram conselheiros próximos do presidente Rodrigo Rocha Loures, José Yunes, Sandro Mabel e Gastão Toledo.
QUATRO ENVOLVIDOS – Desses cinco assessores, quatro foram citados em investigações de corrupção. Rocha Loures foi flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviada pela JBS, depois que havia deixado o Planalto para assumir o mandato de deputado. Yunes pediu demissão em dezembro, quando um ex-executivo da Odebrecht disse que ele recebeu em seu escritório dinheiro pedido pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Mabel foi acusado por outro delator de ter pedido dinheiro para aprovar uma emenda a uma medida provisória em 2004.
Destes, restam no gabinete apenas Mabel, que auxilia Temer na interlocução com parlamentares e empresários, e Gastão Toledo, que é conselheiro jurídico do presidente.

25 de maio de 2017
Bruno Boghossian, Marina Dias e Gustavo Uribe
Folha

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