Não há dúvida de que o mundo mudou muito depois da internet. Jamais se viu nada igual. Mas os políticos estão tendo uma enorme dificuldade de adaptação. Recentemente, o jornalista Sergio Caldieri nos enviou uma interessante matéria publicada no site Pátria Latina, de Valter Xéu, sobre o pensamento do ex-presidente uruguaio Pepe Mujica acerca do instigante tema.
Famoso no mundo inteiro, Mujica continua a ser um homem muito simples. Tive a oportunidade estar com ele no ano passado, quando visitou o Rio de Janeiro a convite de nosso amigo Darc Costa e fez uma importante palestra na ABI. Em sua simplicidade, Mujica é um ser humano adorável e superior a tudo, deveria servir exemplo a todos os homens públicos. Mas isso seria desejar demais.
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MUJICA E A ERA DIGITAL
Site Pátria Latina
MUJICA E A ERA DIGITAL
Site Pátria Latina
“Internet, celulares, Whatsapp, Twitter etc… todo esse mundo colossal está presente nas relações humanas e já nada será igual, para o bem e para o mal” – diz o ex-presidente e atual senador do Uruguai, José Pepe Mujica, ao analisar as transformações produzidas pela tecnologia e os desafios impostos à democracia que atingem as novas gerações. Para ele, uma ferramenta como a internet poderia ser “algo maravilhoso”, mas precisaria de um processo de “massificação de uma cultura que infelizmente não temos”.
Mujica vê com bons olhos o uso das redes sociais e da internet, mas lamenta que não tenhamos desenvolvido potencial para grandes transformações através destes mecanismos. Em sua coluna quinzenal no portal alemão “Deutsche Welle” o ex-presidente alertou sobre a necessidade urgente de os partidos políticos e governos se reinventarem: “Os que não o fizerem, vão sucumbir”, garante.
“Estamos entrando em outra era, sobretudo os jovens do mundo. E não necessariamente temos consciência”, afirmou. “Não podemos ver que nossas democracias representativas já não são boas, más ou regulares, como sempre foram. São francamente insuficientes pra poder representar o todo da complexidade das sociedades atuais”, advertiu.
04 de maio de 2017
Carlos Newton
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