EX DE MARTA RECEBIA R$20 MIL SEM TRABALHAR, DIZEM MARQUETEIROS
ARGENTINO FAVRE NÃO TINHA QUALQUER UTILIDADE, DIZEM DELATORES
O marqueteiro João Santana disse em depoimento ao Ministério Público Federal que o ex-marido da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) Luís Favre recebia sem trabalhar um salário mensal de R$20 mil na Polis. Segundo Santana, o emprego foi dado após um pedido de Marta porque Favre não podia nem mesmo “comprar uma bicicleta”.
“A gente aceitava para agradar. Não tinha nenhuma utilidade. Ela (Marta) disse que eu não me preocupasse com o custo, que seria compensado com verba extra-oficial”, afirmou o marqueteiro em sua delação premiada. A contratação ocorreu em 2008 e foi acertada logo nos primeiros encontros entre Marta e Santana para tratar da campanha à reeleição de Marta para a prefeitura de São Paulo. Na época ela estava no PT.
De acordo com Santana, Favre não prestou nenhum tipo de serviço para a Polis e permaneceu na empresa mesmo depois de encerrada a campanha. O delator afirma que, questionada sobre isso, Marta teria dito: “Não se preocupe. Pelo currículo internacional dele, pode dizer que ele dá consultoria para suas empresas no Exterior.”
Tanto Santana como sua mulher, a empresária Mônica Moura, afirmam que Marta sabia que os recursos para pagar o salário de seu marido na época vinham de caixa 2. “A gente tinha estabelecido o preço da campanha, mas que aí ela incorporaria esse custo como uma forma de compensação. Era uma maneira de regularizar a vida contábil dele”, disse Santana. Nas palavras de Mônica, era “direito branqueado”, necessário para Favre, estrangeiro, sem renda naquela época. “O pagamento do Luis Favre, entrou no bolo das despesas de campanha. Ele não prestou serviço. Ele é um estrategista, participava de algumas reuniões. Fizemos um contrato simulado a pedido da senadora”, afirmou o marqueteiro.
O valor da campanha de Marta para a disputa da prefeitura de São Paulo era de R$ 18 milhões, dos quais R$ 7,5 milhões eram oficiais. Sobre a contratação de Favre, Monica resumiu: “Eu aceitava, mas era ruim. Recebia por fora e o que tinha de pagar era com meu dinheirinho por dentro, que já era pequeno”. O sistema, justificou, era feito para que o marido de Marta pudesse regularizar sua situação.
João Santana também disse que Marta “acompanhava passo a passo as negociações financeiras”.
Em nota, a senadora Marta Suplicy disse estar indignada com os depoimentos do casal de marqueteiros. “É uma mentira deslavada, certamente motivada para envolver o maior número de pessoas com um único objetivo: ter o que barganhar para obter impunidade nos crimes em que são acusados. Jamais participei ou tive conhecimento de negociações ilegais. Minha conduta sempre foi e está baseada nos princípios éticos que norteiam toda a minha vida.” A reportagem não conseguiu localizar Luis Favre.” (AE)
14 de maio de 2017
diário do poder
ARGENTINO FAVRE NÃO TINHA QUALQUER UTILIDADE, DIZEM DELATORES
SEGUNDO JOÃO SANTANA, O EMPREGO FOI DADO APÓS UM PEDIDO DE MARTA SUPLICY PORQUE FAVRE NÃO PODIA NEM MESMO “COMPRAR UMA BICICLETA” (FOTO: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO) |
O marqueteiro João Santana disse em depoimento ao Ministério Público Federal que o ex-marido da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) Luís Favre recebia sem trabalhar um salário mensal de R$20 mil na Polis. Segundo Santana, o emprego foi dado após um pedido de Marta porque Favre não podia nem mesmo “comprar uma bicicleta”.
“A gente aceitava para agradar. Não tinha nenhuma utilidade. Ela (Marta) disse que eu não me preocupasse com o custo, que seria compensado com verba extra-oficial”, afirmou o marqueteiro em sua delação premiada. A contratação ocorreu em 2008 e foi acertada logo nos primeiros encontros entre Marta e Santana para tratar da campanha à reeleição de Marta para a prefeitura de São Paulo. Na época ela estava no PT.
De acordo com Santana, Favre não prestou nenhum tipo de serviço para a Polis e permaneceu na empresa mesmo depois de encerrada a campanha. O delator afirma que, questionada sobre isso, Marta teria dito: “Não se preocupe. Pelo currículo internacional dele, pode dizer que ele dá consultoria para suas empresas no Exterior.”
Tanto Santana como sua mulher, a empresária Mônica Moura, afirmam que Marta sabia que os recursos para pagar o salário de seu marido na época vinham de caixa 2. “A gente tinha estabelecido o preço da campanha, mas que aí ela incorporaria esse custo como uma forma de compensação. Era uma maneira de regularizar a vida contábil dele”, disse Santana. Nas palavras de Mônica, era “direito branqueado”, necessário para Favre, estrangeiro, sem renda naquela época. “O pagamento do Luis Favre, entrou no bolo das despesas de campanha. Ele não prestou serviço. Ele é um estrategista, participava de algumas reuniões. Fizemos um contrato simulado a pedido da senadora”, afirmou o marqueteiro.
O valor da campanha de Marta para a disputa da prefeitura de São Paulo era de R$ 18 milhões, dos quais R$ 7,5 milhões eram oficiais. Sobre a contratação de Favre, Monica resumiu: “Eu aceitava, mas era ruim. Recebia por fora e o que tinha de pagar era com meu dinheirinho por dentro, que já era pequeno”. O sistema, justificou, era feito para que o marido de Marta pudesse regularizar sua situação.
João Santana também disse que Marta “acompanhava passo a passo as negociações financeiras”.
Em nota, a senadora Marta Suplicy disse estar indignada com os depoimentos do casal de marqueteiros. “É uma mentira deslavada, certamente motivada para envolver o maior número de pessoas com um único objetivo: ter o que barganhar para obter impunidade nos crimes em que são acusados. Jamais participei ou tive conhecimento de negociações ilegais. Minha conduta sempre foi e está baseada nos princípios éticos que norteiam toda a minha vida.” A reportagem não conseguiu localizar Luis Favre.” (AE)
14 de maio de 2017
diário do poder
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