"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 18 de abril de 2017

LAVA JATO: LULA DEVE SER PREPARAR, POIS PALOCCI JÁ COMEÇA A NEGOCIAR ACORDO DE COLABORAÇÃO PREMIADA



Muito preocupado com o conteúdo dos depoimentos das delações de executivos e ex-diretores da Odebrecht, no âmbito da Operação Lava-Jato, o ex-presidente Lula, responsável pelo período mais corrupto da história nacional, a partir de agora tem motivos de sobra para não dormir.

Sempre alegando inocência, algo que caiu por terra mais uma vez na esteira das delações, Lula aguarda com expectativa a confirmação da informação de que Antonio Palocci Filho deu os primeiros passos na direção de acordo de colaboração premiada.

Há algumas semanas, temendo pelo pior, o ex-metalúrgico fez chegar a Palocci, preso em Curitiba, seu descontentamento com a possibilidade de o “companheiro” soltar a voz. Com a delação coletiva da Odebrecht, veio à tona informações estarrecedoras sobre as propinas repassadas a “Italiano” – codinome de Palocci no departamento de propinas da Odebrecht – e o gerenciamento, pelo petista, da conta “Amigo”, referência a Lula.

Em depoimento de delação, Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo empresarial baiano, disse de forma clara e inequívoca que muitas despesas de Lula, pagas pela empreiteira, foram descontadas da conta de propina batizada de “Amigo”, cujo saldo inicial era de R$ 40 milhões.

Com as delações da Odebrecht, a situação de Palocci, preso desde 26 de setembro em Curitiba, tornou-se muito mais complicada. Com dificuldade para contraditar os depoimentos dos delatores e as provas carreadas às investigações.

O ex-ministro da Fazenda já participou da primeira reunião com autoridades da Lava-Jato e tudo indica que revelará não apenas informações sobre o escândalo conhecido como Petrolão, mas também de empresas financeiras ligadas a bancos.

No caso de se confirmar esse preâmbulo, Antonio Palocci Filho estará referendando matérias anteriores do UCHO.INFO, que em passado recente afirmou que o ex-ministro passou a prestar consultorias a bancos.

Essas consultorias exigiram a emissão de notas fiscais de prestação de serviços, às quais este porta teve acesso. Um profissional que trabalhou com Palocci e era responsável pela emissão dos documentos fiscais declarou ao editor do UCHO.INFO que o volume de notas emitidas era incompatível com o tempo disponível do petista. Ou seja, as notas podem ter sido utilizadas para “esquentar” dinheiro de propina.








Coincidência ou não, o responsável pela defesa de Palocci, o renomado criminalista José Roberto Batochio, é o mesmo que defende Lula. Batochio negou recentemente que tivesse levado algum recado do ex-presidente da República a Palocci, assim como nega que seu cliente esteja negociando acordo de delação.


18 de abril de 2017
ucho.info

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