"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

CORRUPTOS AO QUADRADO E CANALHAS AO CUBO

O que podemos pensar de homens públicos que enriquecem às custas de fraudes perpetradas contra a saúde pública de uma população tão carente como a carioca?

Em que grau de ordinarice pode chegar um médico? Como alguém que presta um juramento como o de Hipócrates pode cometer tamanha barbaridade, sendo, ainda por cima, bem sucedido e renomado?

Um médico sabe, como ninguém, o quanto 300 milhões de Reais poderiam salvar vidas.

E devem, em contrapartida, saber que um rombo de 300 milhões na saúde tem o condão de acarretar dezenas de mortes.

A corrupção, de fato, mata.

Parece que não há limites para essa gente da política. Eles roubam na merenda, nas próteses médicas, nos planos de saúde, nos fundos de pensão e nas escolas. São ladrões sem qualquer traço de freios morais.

O Governo Sérgio Cabral, ao que tudo indica, implantou na esfera estadual, no Rio de Janeiro, um esquema nos moldes acadêmicos de crime institucionalizado.

Esse governo do Rio mais se assemelhou a uma gangue de trombadinhas.

Às vezes perguntamos "se haveria algum caso de roubo nesse governo"... mas nesse caso temos curiosidade é de saber se houve alguma área de governo na qual esse governador trabalhou sem desviar dinheiro.

A melhor pergunta seria então: será que houve algum governo nesse roubo?

Que penalidades mereceriam esses médicos, políticos e empresários, que armaram um golpe que abiscoitou 300 milhões, com a ruína e o sofrimento físico de tantas pessoas necessitadas?

O que seria de bom tamanho para esses traidores?


13 de abril de 2017
Jorge Pontes é Delegado de Polícia Federal e foi Diretor da Interpol no Brasil

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