Em meio ao julgamento pela Justiça Eleitoral de processo de cassação da chapa presidencial, o presidente Michel Temer incluiu na comitiva oficial para Portugal o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes. O ministro acompanha o presidente em viagem para o funeral do ex-presidente português Mário Soares, marcado para esta terça-feira (10). Em Lisboa, o peemedebista também participará de encontro com autoridades europeias.
Além de Mendes, o ex-presidente José Sarney e o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) também viajaram no avião presidencial na tarde desta segunda-feira (9).
No final do ano passado, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão nas gráficas Rede Seg, VTPB e Focal, que prestaram serviços à campanha da chapa presidencial de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014.
A operação investigou se a campanha presidencial foi financiada com dinheiro público desviado. Foi autorizada pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação de cassação que tramita no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A expectativa é que o julgamento ocorra no segundo semestre deste ano. Caso a chapa presidencial seja cassada, a Constituição Federal prevê a realização de uma eleição indireta para a sucessão do atual presidente.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A promiscuidade institucional é degradante. Réu de ação no TSE, Temer jamais poderia convidar Gilmar Mendes, mas convidou. O ministro jamais poderia ter aceitado o convite, mas aceitou. Mas não é surpresa, pois Gilmar Mendes não esconde as relações de amizade com Temer e em outubro almoçou com o presidente no Palácio Jaburu, sob a justificativa de estar “acompanhando” o ex-presidente FHC. Mendes não somente rejeita se declarar suspeito para julgar Temer, como até defende publicamente a tese da defesa do presidente, vejam a que ponto chegamos. Mas o que esperar de um presidente que é sempre acompanhado pelo ministro que está com bens bloqueados na Justiça e teve 18 armas ilegais apreendidas pela Polícia em sua fazenda, inclusive fuzil de mira telescópica, em ação de grilagem de terras públicas e devastação de 1.3 mil hectares de reserva ambiental? Em matéria de promiscuidade institucional, Temer realmente é imbatível. Mas faltou convidar o relator do processo no TSE, o ministro Herman Benjamin. O presidente só não convidou, porque anda meio esquecido e nem sabe mais qual é a moeda circulante no país. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A promiscuidade institucional é degradante. Réu de ação no TSE, Temer jamais poderia convidar Gilmar Mendes, mas convidou. O ministro jamais poderia ter aceitado o convite, mas aceitou. Mas não é surpresa, pois Gilmar Mendes não esconde as relações de amizade com Temer e em outubro almoçou com o presidente no Palácio Jaburu, sob a justificativa de estar “acompanhando” o ex-presidente FHC. Mendes não somente rejeita se declarar suspeito para julgar Temer, como até defende publicamente a tese da defesa do presidente, vejam a que ponto chegamos. Mas o que esperar de um presidente que é sempre acompanhado pelo ministro que está com bens bloqueados na Justiça e teve 18 armas ilegais apreendidas pela Polícia em sua fazenda, inclusive fuzil de mira telescópica, em ação de grilagem de terras públicas e devastação de 1.3 mil hectares de reserva ambiental? Em matéria de promiscuidade institucional, Temer realmente é imbatível. Mas faltou convidar o relator do processo no TSE, o ministro Herman Benjamin. O presidente só não convidou, porque anda meio esquecido e nem sabe mais qual é a moeda circulante no país. (C.N.)
10 de janeiro de 2017
Gustavo Uribe
Folha
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