"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PELO FIM DO FORO ESPECIAL

Quem tem mais a perder com a prisão de Eike Batista? O próprio é claro, que perdeu a liberdade depois de haver perdido a fortuna. Já havia perdido a mulher e a credibilidade. Assim como o amigo e cúmplice, o ex-governador Sérgio Cabral, que não quer mais vê-lo.

Depois de conduzido do aeroporto à cadeia, ontem, foi entregue à Justiça, ignorando-se por quanto tempo.

Aguarda-se para esta semana a divulgação da lista da Odbrecht, envolvendo perto de 100 políticos e parlamentares, acusados de participação no recebimento e desvio de dinheiros públicos. Responderão a processos junto ao Supremo Tribunal Federal. O presidente Michel Temer precisará provar que não cometeu irregularidades durante a campanha de 2014, junto com Dilma Rousseff.

Cresce no Congresso, no Judiciário e nos meios frequentados por advogados, a opinião de que no trato da reforma política, este ano, deputados e senadores deverão acabar com o chamado foro especial para parlamentares e outros privilegiados. Eles deveriam enfrentar os mesmos trâmites legais de todos os cidadãos. Prevê-se que o julgamento dos apontados pela Odebrecht levará meses, não dispondo os onze ministros do STF de mecanismos para agir mais rapidamente. O ex-presidente da corte suprema, Carlos Velloso, considera o foro especial um absurdo, herança dos tempos do Império e incompatível com a República.


31 de janeiro de 2017
carlos chagas

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