"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

PF SUSPEITA QUE MANTEGA SEJA O "PÓS ITÁLIA" NO ESQUEMA DE PALOCCI NO BNDES


Resultado de imagem para mantega + bndes charges
Exemplo de formação de quadrilha, com Mantega, Lula e Palocci













Um relatório da Polícia Federal liga o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega ao esquema de propinas da Odebrecht. O documento atribui a Mantega o papel de “Pós Itália”, uma referência à sucessão do ex-ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) nas relações com a empreiteira.
ESQUEMA DA ODEBRECHT – Mantega foi preso na última quinta-feira (22), na operação Arquivo X (34ª da Lava Jato) por supostamente exigir, para o PT, R$ 5 milhões do empresário Eike Batista, em 2012. Apenas cinco horas depois de ser detido, o ex-ministro foi solto. Palocci foi preso nesta segunda-feira, 26, na Operação Ormetà, fase seguinte da operação.
Segundo a PF, os ex-ministros estão fortemente ligados ao setor de propinas da Odebrecht. A investigação aponta que Palocci seria o “Italiano”, codinome que consta da planilha de repasses ilícitos da empreiteira. A PF aponta “indícios de que Guido Mantega também teria tido papel posterior a Antonio Palocci Filho na coordenação com junto com Marcelo Bahia Odebrecht para a ordenação de pagamentos ilícitos”.
TRÊS OPERAÇÕES – O documento revela três operações distintas, somando um valor de R$ 79 milhões. Desse total, a PF ainda não identificou “Amigo”, o destinatário de R$ 23 milhões.
“Seriam devidos, à época da última atualização da planilha, R$ 6 milhões para ‘Itália’, em referência ao Italiano, ou seja, a Antonio Palocci Filho, R$ 23 milhões para ‘Amigo’, ainda não identificado, e R$ 50 milhões para ‘Pós Itália’, cujos indícios preliminares apontam para o emprego deste termo em referência a Guido Mantega’, diz o relatório da PF.
Segundo a Omertà, o PT foi destinatário de R$ 128 milhões em propina da Odebrecht entre 2008 e 2013 – neste ano, segundo a Procuradoria da República, havia um saldo remanescente de propina de R$ 70 milhões.
LISTÃO DA ODEBRECHT – A PF destacou ainda em outro trecho do relatório uma notação em que haveria indícios “de outros pagamentos ilícitos (Prováveis Aditivos)”.
“Há assim, indícios de que Guido Mantega também tenha sido beneficiário de pagamentos ilícitos e/ou intermediador de pagamentos realizados pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, tal qual o foi Antonio Palocci Filho”, aponta o documento.
Em resposta, o advogado José Roberto Batochio, defensor dos ex-ministros, reagiu enfaticamente nesta segunda-feira às suspeitas lançadas pela Operação Omertà sobre Guido Mantega.
“OS ITALIANOS” – Batochio ironizou o relatório policial que chama Mantega de “Pós Itália”. “A minha manifestação é a seguinte. A Polícia Federal, curiosamente, já definiu o ‘Italiano’ como sendo duas ou três pessoas diferentes. Inicialmente, dizia que ‘Italiano’ era o ministro Palocci. Depois, recuaram. Vou aguardar para ver se eles elegem definitivamente quem é, afinal, esse ‘Italiano’, para então poder responder”, disse.
“A hora que resolverem definir quem quer que queiram como o verdadeiro “Italiano’ vou me manifestar (sobre o relatório que liga Mantega ao suposto recebimento de R$ 50 milhões da Odebrecht)”, insistiu.
Batochio destacou que os autos contêm um e-mail do empreiteiro Marcelo Odebrecht dizendo que “não encontrou ‘Italiano’ na diplomação da Dilma”. “Mas o ministro Palocci estava lá, na diplomação”, acentua o criminalista. “Então, o ‘Italiano’ não é o ministro Palocci. Reitero que já disseram duas ou três vezes sobre esse ‘Italiano’. Assim, acho prudente aguardar para ver quem é que elegem definitivamente como o ‘italiano’, disse. Mais cedo, Batochio, já havia afirmado que o ex-ministro Palocci nunca recebeu vantagens ilícitas.

28 de setembro de 2016
Deu no Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário