"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 19 de junho de 2016

SEM PRAZO ESPECÍFICO

IMPREVISÍVEL, LAVA JATO NÃO TEM DATA PARA TERMINAR, DIZ PROCURADOR
DALLAGNOL DIZ QUE NOVOS ELEMENTOS AMPLIAM A OPERAÇÃO LAVA JATO


DELTAN DALLAGNOL NÃO CITOU O NOME DO MINISTRO DO GOVERNO MICHEL TEMER - FOTO: VLADIMIR PLANTONOW / AGÊNCIA BRASIL


A operação Lava Jato é "imprevisível" e, por isso, não é possível estabelecer um prazo para o fim das investigações. O recado foi dado pelo procurador da República Deltan Dallagnol em um evento na Universidade de Oxford.

— É difícil prever o fim, mas poderia dizer que, com certeza, não existe um marco próximo para acabar, disse após palestra no evento Brazil Forum 2016.

A declaração vai na contramão de recente discurso do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que defendeu que a operação tenha hora de parar.

Coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol não citou o nome do ministro do governo Michel Temer, mas disse que a investigação é dinâmica e delações têm acontecido frequentemente, o que pode expandir o campo de trabalho dos procuradores.

— As investigações são muito dinâmicas. Quando elas se expandem, não dá para colocar um marco. É uma investigação em andamento e as investigações são muito dinâmicas. Imprevisíveis, disse a jornalistas após palestra no evento organizado por alunos brasileiros da Universidade de Oxford e da London School of Economics.

O recado do procurador acontece dias após o ministro da Casa Civil cobrar o fim das investigações. Em evento em São Paulo durante a semana, Eliseu Padilha disse "ter certeza que as autoridades da Lava Jato saberão o momento de pensar em concluir".

Em Oxford, o procurador explicou que, quando os acordos de colaboração trazem novos elementos, a investigação avança. E como não é possível prever o rumo das investigações ou o conteúdo de eventuais novas delações, também não é possível prever o fim das investigações.

— Sempre que você encontra uma nova ligação, você pode expandir a investigação para novas frentes.

Uma dessas frentes é a Caixa Econômica Federal. O banco estatal já está no radar dos procuradores desde a delação de André Vargas, mas nesta semana o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, homologou a delação do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Cleto. Durante a palestra, Dallagnol citou que a investigação no banco federal está "em plena expansão".

— O grande esquema da Petrobras não é isolado. Não há razão para só existir na Petrobras.



19 de junho de 2016
diário do poder

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