"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

NOVO DELATOR CONFIRMA CRIAÇÃO DE SETOR NA ODEBRECHT PARA PAGAR PROPINA

DELATOR CONFIRMA SETOR DE 'OPERAÇÃO ESTRUTURADA' DA ODEBRECHT

VINÍCIUS BORIN, AO SER CONDUDO POR AGENTES DA POLÍCIA FEDERAL. (REPRODUÇÃO TV GLOBO).


A criação pela empreiteira Odebrecht de um departamento secreto só para o pagamento de propina foi confirmada em delação premiada Vinícius Veiga Borín, dono de uma empresa de consultoria. Trata-se de um setor denominado de “operações estruturadas”.

Entre os destinatários do dinheiro saído dessas contas estão ex-funcionários da Petrobras como Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Pedro Barusc, além do ex-marqueteiro do PT João Santana e a mulher, Monica Moura. Executivos da Odebrecht sempre negaram conhecimento das contas.

Ele afirmou ainda que executivos da empreiteira planejaram fechar um banco no Caribe só para sumir com documentos que podiam comprovar seus crimes.

Representante no Brasil de dois bancos do Caribe, Vinícius Veiga Borin movimentava dinheiro no exterior, a pedido de operadores ligados ao Grupo Odebrecht.

O Ministério Público já tinha identificado oito contas em oito países que, segundo as investigações, são da Odebrecht e foram usadas para pagar propina. Por elas passou, entre 2006 e 2014, mais de R$1 bilhão.

O setor de “operações estruturadas” usava apelidos e códigos para organizar e distribuir as propinas, o que já era conhecido e foi confirmado pelo novo delator. Operadores e executivos da Odebrecht também tinha seus codinomes. O de Vinícius, inicialmente, era "Feeling". Após a Lava Jato, mudou para "Mustang".

Marcelo Odebrecht completou, neste domingo (19), um ano preso. O Ministério Público acha que era ele quem comandava o setor da Odebrecht de pagamento de propina. Marcelo já foi condenado a 19 anos de prisão e responde a mais duas ações. Ele tenta um acordo de delação premiada, junto com executivos da Odebrecht. As negociações são sigilosas.



20 de junho de 2016
diário do poder

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