"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

ALIADOS?? ALIADOS A QUÊ?? DE QUEM?? AINDA HÁ ALIADOS?? E QUE SÃO?

Cunha se reúne com aliados e pode anunciar renúncia à presidência da Câmara


Charge do Mariano, reproduzida da Charge Online



















O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), volta a ser o centro das atenções nesta curta semana de atividades parlamentares. Aproveitando o vazio de votações importantes — devido às festas de São João, o Congresso estará esvaziado —, Cunha vai se reunir nesta segunda-feira com os principais aliados, na casa dele, e depois promete fazer um pronunciamento à imprensa no Hotel Nacional. A principal especulação é de que Cunha esteja avaliando a possibilidade de anunciar a renúncia à presidência da Câmara.
A tese de abdicar da principal cadeira da Câmara para preservar o mandato e se defender no Supremo Tribunal Federal é sustentada pelos aliados mais próximos dele.
JULGAMENTO NO SUPREMO – “O que se poderia tentar argumentar é que já houve uma punição muito grave contra ele (Cunha). Então, defendemos um julgamento no Supremo, menos contaminado pela política. Ele já teve uma punição violenta, está afastado, comandou processo de impeachment que trouxe ódio e o mais justo é que seja julgado no STF”, afirmou o deputado Carlos Marun (PMDB-MS).
Um alioado peemedebista argumenta que Eduardo Cunha vai aproveitar a reunião de hoje para medir a força que ainda tem na Câmara, mesmo após o afastamento do Supremo e, com base nisso, avaliar se anuncia uma saída “honrosa” para se dedicar à defesa na Corte máxima. “Ele pode propor uma renúncia em troca de ser salvo de uma possível cassação em plenário.”
SEM DELAÇÃO PREMIADA – Na avaliação de outro aliado, a reunião é uma maneira de se inserir novamente no meio político e tentar se desvencilhar dos rumores de que fará delação premiada e entregará deputados.
“Ele vai dizer que vai lutar até o fim e que não há o que se delatar porque não existe crime. É a oportunidade de ele sair dessa prisão domiciliar espontânea que está vivendo. É uma semana curta e ele vai aproveitar para fazer a sua defesa, sair das especulações e voltar a dialogar com jornalistas”, considerou um deputado.
Alguns aliados devem se ausentar da reunião para evitar associações à obstrução da cassação.

20 de junho de 2016
Naira Trindade
Correio Braziliense

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