Documentos obtidos pelo Estadão revelam que Lula usa mais um imóvel em nome de outros. Um primo do empresário José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava Jato, é o dono de uma cobertura usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e família no prédio onde o petista mora em São Bernardo do Campo. O imóvel foi alvo de busca e apreensão na 24ª fase da Operação Lava Jato, após o síndico do prédio indicar aos policiais federais que o imóvel pertenceria ao ex-presidente.
Lula é suspeito de ocultar patrimônio e receber vantagens de empreiteiras envolvidas em esquema de corrupção na Petrobrás. Para os investigadores, ele seria o verdadeiro dono de um sítio em Atibaia, registrado em nome de dois empresários sócios de seu filho, e de um tríplex no Guarujá que oficialmente é da OAS.
A cobertura número 121 do edifício Hill House fica em frente à que pertence ao petista, a 122. Nesse caso, o aposentado Glaucos da Costa Marques garante que Lula lhe paga aluguel – ele é primo de Bumlai, cujo nome completo é José Carlos Bumlai da Costa Marques, e disse ter comprado o apartamento em 2011.
LULA USA DESDE 2003
Essa segunda cobertura já era usada por Lula desde o primeiro ano na Presidência, em 2003. Até 2007, o PT pagou pelas despesas do imóvel para que ele guardasse o acervo que doou ao partido. No segundo mandato, o governo assumiu os custos sob a justificativa de que era necessário para a segurança do então presidente.
Glaucos nega que a compra do imóvel tenha sido um pedido de Bumlai, amigo de Lula e investigado na Lava Jato por suspeita de contratar empréstimos simulados para beneficiar o PT e de pagar parte da reforma do sítio em Atibaia. Morador de Campo Grande (MS), o primo de Bumlai disse ao Estado que adquiriu a cobertura por sugestão do advogado Roberto Teixeira. A Lava Jato investiga se Teixeira atuou para ajudar Lula a ocultar a propriedade do sítio em Atibaia.
“Eu sou amigo do Roberto Teixeira e ele me falou: Olha, tem um negócio bom aqui. O governo vai parar de alugar (o imóvel) e comprando você consegue uma boa porcentagem se quiser alugar.”
SÓ FEZ UMA VISITA…
Glaucos disse que, após uma única visita à cobertura em 2011, aceitou a sugestão e desembolsou cerca de R$ 500 mil pela propriedade. Lula foi mantido como inquilino e paga R$ 4,3 mil por mês, segundo ele, por meio de transferência bancária.
No cartório, a cobertura comprada por Glaucos está registrada em nome de Elenice Silva Campos, que morreu em fevereiro de 2015. Ela vendeu o imóvel que pertencia ao marido e não pagou o imposto que permitiria a transferência do registro. O caso agora está na Justiça. O primo de Bumlai é representado por Teixeira.
Os policiais federais só conseguiram identificar a existência da segunda cobertura porque o síndico do prédio informou que ela era usada por Lula. Ele teria indicado um terceiro apartamento. Chamou a atenção dos investigadores o fato de a ex-primeira-dama ter autorizado a busca e apreensão nos imóveis que não pertencem ao casal.
“ELE NÃO SABE QUEM É”
Embora alugue a cobertura para Lula há cinco anos, Glaucos disse que, “se falarem no nome dele para Lula, ele não sabe quem é”.
Em 2010, o aposentado emprestou o endereço de uma empresa que estava em seu nome, a Bilmaker 600, para que os filhos de Lula Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, e Luís Claudio Lula da Silva registrassem na Junta Comercial de São Paulo a holding LLCS no mesmo local.
Na época, a Bilmaker era controlada por Glaucos, Otavio Ramos e Fabio Tsukamoto, que eram sócios de Luís Cláudio em outra empresa. Glaucos disse ao Estado que fez o empréstimo do endereço atendendo a um pedido do primo Bumlai.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Caramba, é tudo falso, tudo armação!… E sempre envolvendo os amigos José Carlos Bumlai e Roberto Teixeira… Aliás, foi no escritório de Roberto Teixeira que os sócios Fernando Bittar e Jonas Suassuna assinaram a escritura da compra do sítio de Atibaia. Pelo jeito, esse povo vai tem de ficar dando “esclarecimentos” à Polícia e à Justiça pelo resto da vida. A verdade, cristalina, é que a declaração de renda de Lula não possibilitava a compra da segunda cobertura, do sítio em Atibaia e do triplex em Guarujá. Por isso, foi preciso montar essa maquiagem contábil toda destrambelhada, que configura ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. É lamentável, inexplicável e deplorável. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Caramba, é tudo falso, tudo armação!… E sempre envolvendo os amigos José Carlos Bumlai e Roberto Teixeira… Aliás, foi no escritório de Roberto Teixeira que os sócios Fernando Bittar e Jonas Suassuna assinaram a escritura da compra do sítio de Atibaia. Pelo jeito, esse povo vai tem de ficar dando “esclarecimentos” à Polícia e à Justiça pelo resto da vida. A verdade, cristalina, é que a declaração de renda de Lula não possibilitava a compra da segunda cobertura, do sítio em Atibaia e do triplex em Guarujá. Por isso, foi preciso montar essa maquiagem contábil toda destrambelhada, que configura ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro. É lamentável, inexplicável e deplorável. (C.N.)
07 de março de 2016
Andreza Matais e Adriano Ceolin
Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário