De algumas semanas para cá, redes de televisão, em especial uma de maior audiência em alguns horários nobres, graças a novelões por meio das quais intenta implantar uma nova ordem social, têm explorado subliminarmente o assunto proibição de armas de fogo.
As lágrimas de Obama por ocasião da audiência em que ele se manifestou a respeito do controle de armas de fogo nos EUA, em 05 de janeiro, reportando - se ao episódio de Newton, no estado de Massachusetts , três anos antes, vem sendo exaustivamente reapresentadas na tentativa, creio, de sensibilizar novos desarmamentistas no Brasil, onde o caos na segurança pública é notório e se soma à situação semelhante na saúde, na economia e na política.
Tentar comparar a questão da posse e uso de armas nos EUA e no Brasil é como tentar estabelecer similaridades entre caviar e carne de bode. Não há comparação. Lá existem 375 milhões de armas de fogo e um dos menores índices de criminalidade do mundo. Aqui, ONG desarmamentistas presumem existir cerca de 14 mihões de armas e índices de criminalidade de fazer corar as violências praticadas pelo Estado Islâmico, a reincidência criminal passa de 75% e o índice médio de elucidação de crimes fica em torno de 8%.
A diferença nos índices é provocada pela capacidade de elucidar crimes do sistema policial norte - americano; nas ações da Justiça estadunidense e na solução consciente dada ao dilema social ressocializar o criminoso ou retirá - lo do convívio social, conforme decidido pela sociedade de lá. Cadeia para aqueles que agem fora da lei.
O ponto marcante, no entanto, é que o povo norte - americano tem enraizado em seu ser o sentimento de liberdade, o apego ao direito à legítima defesa e o sentimento de que a primeira defesa da pessoa está nela mesma. Eles não abrem mão disso e tornaram o fato cláusula pétrea de sua Constituição de mais de 200 anos, por intermédio da Segunda Emenda.
Aqui, os lobos tomam conta dos cordeiros e estes, em geral, aceitam essa condição.
No Brasil, o segmento político que (des)governa o país quer os criminosos nas ruas para que voltem a delinquir e causar danos muitas vezes irrecuperáveis às pessoas e aos patrimônios, especialmente nas camadas mais pobres, talvez por imaginar que estas famílias vão envidar esforços para que não retornem ao crime. Justamente elas, com menores condições de ter segurança, saúde e educação por seus próprios esforços. Afinal, talvez as autoridades constituídas imaginem que os "saidões" em datas festivas e libertações em massa pós audiências preliminares ou outras benesses dadas aos detidos, possam promover a ressocialização que as prisões não conseguem.
Aqueles que se sensibilizaram pelas lágrimas de Obama deveriam tentar saber se ele teve a mesma atitude em relação às crianças afegãs de Gardez e que é o presidente que mais ordenou ações clandestinas de "neutralização" de alvos humanos por grupos paramilitares ou por ataques de drones armados e mísseis Cruise e Tomahawk.
Ah, mas aí é guerra contra o terror. Então pode?
Penso que a sociedade brasileira precisa desmascarar a hipocrisia.
17 de fevereiro de 2016
Marco Antonio dos Santos, militar, empresário e professor
em direita brasil
As lágrimas de Obama por ocasião da audiência em que ele se manifestou a respeito do controle de armas de fogo nos EUA, em 05 de janeiro, reportando - se ao episódio de Newton, no estado de Massachusetts , três anos antes, vem sendo exaustivamente reapresentadas na tentativa, creio, de sensibilizar novos desarmamentistas no Brasil, onde o caos na segurança pública é notório e se soma à situação semelhante na saúde, na economia e na política.
Tentar comparar a questão da posse e uso de armas nos EUA e no Brasil é como tentar estabelecer similaridades entre caviar e carne de bode. Não há comparação. Lá existem 375 milhões de armas de fogo e um dos menores índices de criminalidade do mundo. Aqui, ONG desarmamentistas presumem existir cerca de 14 mihões de armas e índices de criminalidade de fazer corar as violências praticadas pelo Estado Islâmico, a reincidência criminal passa de 75% e o índice médio de elucidação de crimes fica em torno de 8%.
A diferença nos índices é provocada pela capacidade de elucidar crimes do sistema policial norte - americano; nas ações da Justiça estadunidense e na solução consciente dada ao dilema social ressocializar o criminoso ou retirá - lo do convívio social, conforme decidido pela sociedade de lá. Cadeia para aqueles que agem fora da lei.
O ponto marcante, no entanto, é que o povo norte - americano tem enraizado em seu ser o sentimento de liberdade, o apego ao direito à legítima defesa e o sentimento de que a primeira defesa da pessoa está nela mesma. Eles não abrem mão disso e tornaram o fato cláusula pétrea de sua Constituição de mais de 200 anos, por intermédio da Segunda Emenda.
Aqui, os lobos tomam conta dos cordeiros e estes, em geral, aceitam essa condição.
No Brasil, o segmento político que (des)governa o país quer os criminosos nas ruas para que voltem a delinquir e causar danos muitas vezes irrecuperáveis às pessoas e aos patrimônios, especialmente nas camadas mais pobres, talvez por imaginar que estas famílias vão envidar esforços para que não retornem ao crime. Justamente elas, com menores condições de ter segurança, saúde e educação por seus próprios esforços. Afinal, talvez as autoridades constituídas imaginem que os "saidões" em datas festivas e libertações em massa pós audiências preliminares ou outras benesses dadas aos detidos, possam promover a ressocialização que as prisões não conseguem.
Aqueles que se sensibilizaram pelas lágrimas de Obama deveriam tentar saber se ele teve a mesma atitude em relação às crianças afegãs de Gardez e que é o presidente que mais ordenou ações clandestinas de "neutralização" de alvos humanos por grupos paramilitares ou por ataques de drones armados e mísseis Cruise e Tomahawk.
Ah, mas aí é guerra contra o terror. Então pode?
Penso que a sociedade brasileira precisa desmascarar a hipocrisia.
17 de fevereiro de 2016
Marco Antonio dos Santos, militar, empresário e professor
em direita brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário