Ao invés da PEC da Bengala para ministros ficarem até os 75 anos, é preciso fazer uma “expulsória” aos 60 anos, para limpar os tribunais superiores do estorvo que atrasa o Brasil. A PEC da Bengala não fará nada mais do que preservar o que não presta, por mais tempo. As tartarugas das instâncias superiores estão nos altos galhos do poder não por esforço e competência, mas porque foram ali colocadas por seus padrinhos políticos.
O nosso Poder Judiciário é tão podre que nem se discute se é ética ou não a aposentadoria de magistrado bandido que, embora postado em um gabinete, passou a vida trabalhando para o crime organizado…
Mude-se o Poder Judiciário e os senhores verão sobrar dinheiro público. Enquanto isso não for mudado, enquanto bandido não tiver medo de magistrado e enquanto magistrado não se dar o respeito e não tiver vergonha de apertar a mão de bandido nas confraternizações, solenidades e festas, não passaremos de burros de carga de uma grande fazenda.
SUPREMO DÁ EXEMPLO
A decisão do Supremo de conceder prisão domiciliar a acusados de participação no esquema da Lava Jato virou parâmetro e argumento para o juiz de Direito Wagner Carvalho Lima, da 2ª vara Criminal de Franca/SP, dar liberdade provisória a 20 réus.
Presos há quase seis meses, os acusados de integrar uma quadrilha especializada na falsificação e comercialização de defensivos agrícolas foram beneficiados pelo entendimento do magistrado de que os desvios da Petrobras configuram crime de maior gravidade. Na decisão, o juiz Wagner Carvalho Lima destaca que foi concedida a liberdade provisória “até porque não temos tornozeleiras à disposição”.
“Num país onde os integrantes de uma organização criminosa que roubou bilhões de reais de uma empresa patrimônio nacional estão em casa por decisão do STF, não tenho como justificar a manutenção da prisão do réu neste processo, que proporcionalmente causou um mal menor à sociedade, embora também muito grave”, argumentou o magistrado.
Como dizia Gilberto Gil: “Abram-se, cadabram-se as prisões…”
19 de maio de 2015
Francisco Vieira
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