"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 5 de maio de 2015

LÍDERES DA OPOSIÇÃO DIZEM QUE VÃO OBSTRUIR VOTAÇÃO DA MP 665

 
A estratégia é cobrar da bancada do PT uma posição sobre cada um dos itens da MP
                
"O PT vai ter que colocar as digitais claras em cada ponto", afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho Foto: Jonas Pereira/ Agência Senado
Lideranças de partidos da oposição na Câmara decidiram, em reunião na manhã desta terça-feira, 5, que vão obstruir a votação da Medida Provisória 665. Os oposicionistas definiram que vão apresentar, durante o processo de votação previsto para começar no final da tarde, destaques para votar separadamente pontos polêmicos da MP como o que altera as regras para a concessão de seguro-desemprego e do abono salarial.

A estratégia tem por objetivo cobrar da bancada do PT uma posição sobre cada um dos itens da medida provisória. Ou seja, querem forçá-los a dizer como votaram nas mudanças de direitos trabalhistas e previdenciários. "O PT vai ter que colocar as digitais claras em cada ponto", afirmou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

O Palácio do Planalto e os demais partidos da base aliada pressionam os petistas a declarar publicamente apoio à MP. Antes da votação, a bancada do PT vai se reunir para definir sua posição sobre o assunto.

No encontro de hoje cedo, a oposição decidiu estender a votação ao máximo possível se valendo de manobras previstas no regimento interno da Câmara. O acordo foi fechado entre os lideranças do DEM, do PSDB e do PPS e parte do aliado governista PP.
Segundo Mendonça Filho, participaram da conversa os líderes do PPS, Rubens Bueno (PR), do PSDB, Carlos Sampaio (SP), o vice-líder tucano, Bruno Araújo (PE), e o deputado Arthur Lira (PP-AL). O acerto prevê que, ao final dos pedidos de votação em separado de determinados pontos da MP, os partidos vão votar contrariamente à proposta do governo.
"Estamos prontos para alongar a conversa e votar contra", afirmou Mendonça Filho. "Vamos testar a resistência do governo e a resistência do PT", completou.

Ao ser questionado se o apelo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a favor da aprovação da MP não poderia levar a oposição a apoiar o ajuste, o líder do DEM rejeitou a proposta. Mendonça Filho disse que, embora respeitasse o "bom senso" de Levy, não tinha como apoiar um ajuste que sacrificasse "o trabalhador, o aposentado e o desempregado".(AE)


05 de maio de 2015
diário do poder

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