No dia em que foram oficialmente inaugurados os Anéis Olímpicos aqui no Rio, morreu um médico assaltado a facadas nas margens da Lagoa Rodrigues de Freitas.
Revoltado com o crime na Lagoa, nosso secretário de Segurança Pública, José Maria Beltrame, declarou que “é inadmissível o que aconteceu ontem, na Lagoa, lugar querido pelos cariocas, frequentado pela população do Rio e pelos turistas. Cenas como essas não podem se repetir. A Lagoa é um cartão-postal” (sic).
A Lagoa, é verdade, tem sido grande vítima dessas cenas de horror: em outubro de 2014 um estudante teve o pulmão perfurado ao tentar fugir de um assalto. Em abril deste ano um menino de 14 anos foi ferido a faca por quatro jovens que queriam levar sua bicicleta. No mesmo dia, um homem também foi esfaqueado quando corria nas margens da Lagoa.
Outros pontos turísticos do Rio também são verdadeiras armadilhas para o turista desavisado ou para o carioca que insiste em andar de bicicleta, namorar, ir ao cinema, tirar dinheiro no banco, visitar museus ou simplesmente ir e vir pelas ruas de sua cidade.
Em São Conrado, uma mulher de 31 anos é ferida a faca por bandidos armados ao atravessar a passagem subterrânea que leva de um lado a outro da Estrada da Gávea.
Pertinho da Praça Quinze, local do desembarque da Família Imperial, onde ficam o Paço Imperial, a Antiga Sé onde nossos Imperadores foram coroados e a maravilhosa Igreja da Ordem Terceira do Carmo, uma turista vietnamita foi esfaqueada no braço esquerdo e nas costas. Ela estava em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e teve sorte: está hospitalizada, mas não morreu.
Fora dos cartões-postais, na Avenida Brasil, o cadeirante Eduardo Câmara, agredido a facadas, teve, além do automóvel e de uma bicicleta, a cadeira de rodas roubada. Em quatro meses, o Rio teve 167 feridos a faca. Os dados são da Secretaria de Saúde do município.
A cidade, acuada pelo medo, sofre de norte a sul, de leste a oeste.
Foi lendo esse noticiário tenebroso que soube de um detalhe maquiavélico: portar arma branca não é crime, é apenas uma contravenção! Quem foi o legislador que bolou tal pérola e quais seus pares que a legitimaram? O que será que eles tinham na cabeça? É, pois é. Só pode ser...
Zuenir Ventura cunhou uma expressão que nos define muito bem: a cidade partida. Agora, em guerra. E numa guerra sem trégua.
Revoltado com o crime na Lagoa, nosso secretário de Segurança Pública, José Maria Beltrame, declarou que “é inadmissível o que aconteceu ontem, na Lagoa, lugar querido pelos cariocas, frequentado pela população do Rio e pelos turistas. Cenas como essas não podem se repetir. A Lagoa é um cartão-postal” (sic).
A Lagoa, é verdade, tem sido grande vítima dessas cenas de horror: em outubro de 2014 um estudante teve o pulmão perfurado ao tentar fugir de um assalto. Em abril deste ano um menino de 14 anos foi ferido a faca por quatro jovens que queriam levar sua bicicleta. No mesmo dia, um homem também foi esfaqueado quando corria nas margens da Lagoa.
Outros pontos turísticos do Rio também são verdadeiras armadilhas para o turista desavisado ou para o carioca que insiste em andar de bicicleta, namorar, ir ao cinema, tirar dinheiro no banco, visitar museus ou simplesmente ir e vir pelas ruas de sua cidade.
Em São Conrado, uma mulher de 31 anos é ferida a faca por bandidos armados ao atravessar a passagem subterrânea que leva de um lado a outro da Estrada da Gávea.
Pertinho da Praça Quinze, local do desembarque da Família Imperial, onde ficam o Paço Imperial, a Antiga Sé onde nossos Imperadores foram coroados e a maravilhosa Igreja da Ordem Terceira do Carmo, uma turista vietnamita foi esfaqueada no braço esquerdo e nas costas. Ela estava em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e teve sorte: está hospitalizada, mas não morreu.
Fora dos cartões-postais, na Avenida Brasil, o cadeirante Eduardo Câmara, agredido a facadas, teve, além do automóvel e de uma bicicleta, a cadeira de rodas roubada. Em quatro meses, o Rio teve 167 feridos a faca. Os dados são da Secretaria de Saúde do município.
A cidade, acuada pelo medo, sofre de norte a sul, de leste a oeste.
Foi lendo esse noticiário tenebroso que soube de um detalhe maquiavélico: portar arma branca não é crime, é apenas uma contravenção! Quem foi o legislador que bolou tal pérola e quais seus pares que a legitimaram? O que será que eles tinham na cabeça? É, pois é. Só pode ser...
Zuenir Ventura cunhou uma expressão que nos define muito bem: a cidade partida. Agora, em guerra. E numa guerra sem trégua.
23 de maio de 2015
Maria Helena R.R. Sousa
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