Foi em meio a gritos de “Fora Levy” e com metade das mil cadeiras dispostas na quadra dos bancários vazia que começou o Congresso Estadual do PT de São Paulo, realizado na noite de sexta-feira na capital. Entre os militantes também circulava um abaixo-assinado com o título “Não ao Plano Levy”, condenando as medidas do ajuste fiscal realizado pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Emídio de Souza, presidente do PT de São Paulo minimizou as manifestações: “Ninguém está feliz com o ajuste. Não temos prazer nenhum em fazê-lo. Mas é necessário para podermos viver um novo ciclo econômico.”
Na sua fala para os militantes, Emídio criticou a maneira como a senadora Marta Suplicy conduziu sua desfiliação do partido e anunciou que na próxima semana entrará com uma medida judicial para reivindicar a vaga no Senado. “Ela atacou covardemente o partido que a abrigou. Ao longo de 35 anos muitos tentaram deixar o PT para fazer algo maior e nunca conseguiram”.
DESCOLANDO-SE DE DILMA
O presidente da sigla no estado também destacou a importância do partido se diferenciar do governo Dilma Rousseff. “Nós entendemos o nosso governo, mas nosso governo tem que entender nosso partido. A conjuntura mudou e exige que demos respostas imediatas à crise que atingiu o projeto (de governo) do PT”, enfatizou.
O presidente nacional do PT Rui Falcão encerrou a abertura do Congresso comemorando 15 mil novos filiados que a legenda conquistou nos últimos cinco meses e criticando a oposição. “No nosso governo a corrupção não foi acobertada como no do PSDB. A começar pela compra da reeleição de uma pessoa que hoje vai a televisão posar de campeão da moralidade”, disse, referindo-se ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Rui Falcão também saiu em defesa do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso em abril e acusado de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. “João Vaccari é vítima de delação premiada sem prova material.”
23 de maio de 2015
Bela MegaleFolha
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