O procurador-geral da República Rodrigo Janot avaliou em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal que as investigações envolvendo o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA) merecem “aprofundamento”.
Lobão é suspeito de ser sócio oculto de um fundo de investimento nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal caribenho. O parecer de Janot foi encaminhado ao Supremo como parte de um processo que apura a prática de crimes de ocultação de bens e lavagem de dinheiro no qual o ex-ministro foi citado, inclusive sobre o fundo de pensão Postalis, dos funcionários dos Correios.
Lobão é suspeito de ser sócio oculto de um fundo de investimento nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal caribenho. O parecer de Janot foi encaminhado ao Supremo como parte de um processo que apura a prática de crimes de ocultação de bens e lavagem de dinheiro no qual o ex-ministro foi citado, inclusive sobre o fundo de pensão Postalis, dos funcionários dos Correios.
“Os indícios da possível prática dos crimes (…) merecem o aprofundamento das investigações”, escreveu Janot ao ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo. Na última terça-feira, Barroso estabeleceu prazo de vinte dias para Lobão se manifestar sobre as suspeitas. O ex-ministro também é alvo da Operação Lava Jato, sob suspeita de ter recebido propina do esquema de corrupção na Petrobras, empresa vinculada à pasta de Minas e Energia.
Um inquérito aberto na Justiça Federal em São Paulo foi encaminhado ao Supremo em fevereiro deste ano para apurar a eventual participação de Lobão na holding Diamond Mountain, voltada, no Brasil, para a captação de recursos de fundos de pensão de estatais, fornecedores da Petrobras e empresas privadas que recebem recursos de bancos públicos, como o BNDES, áreas de influência do PMDB.
SÓCIO EM CAYMAN
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o nome do ex-ministro foi citado por Jorge Alberto Nukin, ex-dirigente da Diamond Participações, à Polícia Federal. Ele afirmou aos investigadores ter ouvido por diversas vezes dos donos da empresa que Lobão seria sócio de um fundo do grupo nas Ilhas Cayman. Segundo Nukin, os dirigentes da Diamond Marcos Henrique Marques da Costa e Luiz Alberto Maktas Meiches teriam buscado apoio de Lobão no “intuito de obter facilidades junto aos fundos de investimentos controlados pelo Governo Federal, dentre eles, o Postalis – Fundo de Seguridade dos Correios”.
Lobão nega qualquer envolvimento com a Diamond. A defesa diz que vai processar quem usou o nome do senador indevidamente. A Diamond também nega a participação do ex-ministro e qualquer irregularidade nas atividades do grupo.
24 de maio de 2015
Deu na Veja
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