INVESTIGAÇÃO AVANÇA SOBRE R$ 500 BILHÕES DO PAC DA DILMA
Valor Econômico) Os executivos da Camargo Corrêa que firmaram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) vão detalhar irregularidades que afirmam ter ocorrido em obras estatais do setor energético, entre as quais empreendimentos licitados durante as duas gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e no primeiro mandato da presidente Dilma Roussef.
Entre os projetos colocados sob suspeita pelos novos delatores estão alguns que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado por Lula em janeiro de 2007 e que previa investimentos da ordem de R$ 500 bilhões até 2010 para obras de infraestrutura, como saneamento básico, habitação, transportes, energia e recursos hídricos.
No foco dos investigadores da Operação Lava-Jato estão financiamentos liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, o banco ainda não é alvo de investigação. As informações foram apuradas com fontes diretamente ligadas à Operação Lava-Jato pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.
O diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações SA, Dalton dos Santos Avancini, e o vice-presidente, Eduardo Hermelino Leite, fecharam acordo de colaboração premiada com a força-tarefa do MPF na madrugada de sábado.
Entre as obras listadas no rol de projetos que os delatores confirmaram ter sido alvo de cartel de empreiteiras estão as das usinas hidrelétricas de Belo Monte e Jirau, localizadas no Pará e em Rondônia. Somadas, as duas construções ultrapassam os R$ 40 bilhões, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU). A corte de contas iniciou uma auditoria no ano passado para fiscalizar o repasse de R$ 22,5 bilhões do BNDES para o consórcio Norte Energia SA, responsável pela construção de Belo Monte.
Todas as empresas convidadas a participar da obra de Belo Monte estão sob investigação por suspeita de envolvimento no escândalo de desvios de recursos da Petrobras, segundo o MPF. A partir desta semana o presidente e o vice-presidente da Camargo Corrêa iniciarão séries de longos depoimentos a um delegado da Polícia Federal (PF) e a um procurador da República. Dalton Avancini dará informações e apresentará documentação referentes a Belo Monte e obras hidrelétricas. Segundo o site da Construtora Camargo Corrêa, "só no Brasil, mais de 50% de todo o parque gerador a partir de fontes hídricas tem sua participação".
Já Eduardo Leite está incumbido de apresentar provas de ilícitos em contratos firmados com a Petrobras. Os investigadores não esperam que o executivo aponte novas diretorias envolvidas em corrupção além das três já conhecidas: Abastecimento, Serviços e Internacional. Mas consideram a colaboração de Leite importante para fortalecer a prova sobre cartel. O oferecimento de denúncia por formação de cartel e fraude à Lei de Licitações contra os empreiteiros investigados pela Lava-Jato é um dos próximos passos da acusação.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa no sábado, a Construtora Camargo Corrêa informou que não participou das negociações para o acordo de colaboração premiada de seus executivos e disse que " permanecerá à disposição das autoridades para o que for necessário e sanará eventuais irregularidades, aprimorando a governança administrativa para seguir contribuindo com o desenvolvimento do país."
No foco dos investigadores da Operação Lava-Jato estão financiamentos liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No entanto, o banco ainda não é alvo de investigação. As informações foram apuradas com fontes diretamente ligadas à Operação Lava-Jato pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor.
O diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações SA, Dalton dos Santos Avancini, e o vice-presidente, Eduardo Hermelino Leite, fecharam acordo de colaboração premiada com a força-tarefa do MPF na madrugada de sábado.
Entre as obras listadas no rol de projetos que os delatores confirmaram ter sido alvo de cartel de empreiteiras estão as das usinas hidrelétricas de Belo Monte e Jirau, localizadas no Pará e em Rondônia. Somadas, as duas construções ultrapassam os R$ 40 bilhões, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU). A corte de contas iniciou uma auditoria no ano passado para fiscalizar o repasse de R$ 22,5 bilhões do BNDES para o consórcio Norte Energia SA, responsável pela construção de Belo Monte.
Todas as empresas convidadas a participar da obra de Belo Monte estão sob investigação por suspeita de envolvimento no escândalo de desvios de recursos da Petrobras, segundo o MPF. A partir desta semana o presidente e o vice-presidente da Camargo Corrêa iniciarão séries de longos depoimentos a um delegado da Polícia Federal (PF) e a um procurador da República. Dalton Avancini dará informações e apresentará documentação referentes a Belo Monte e obras hidrelétricas. Segundo o site da Construtora Camargo Corrêa, "só no Brasil, mais de 50% de todo o parque gerador a partir de fontes hídricas tem sua participação".
Já Eduardo Leite está incumbido de apresentar provas de ilícitos em contratos firmados com a Petrobras. Os investigadores não esperam que o executivo aponte novas diretorias envolvidas em corrupção além das três já conhecidas: Abastecimento, Serviços e Internacional. Mas consideram a colaboração de Leite importante para fortalecer a prova sobre cartel. O oferecimento de denúncia por formação de cartel e fraude à Lei de Licitações contra os empreiteiros investigados pela Lava-Jato é um dos próximos passos da acusação.
Em nota divulgada pela assessoria de imprensa no sábado, a Construtora Camargo Corrêa informou que não participou das negociações para o acordo de colaboração premiada de seus executivos e disse que " permanecerá à disposição das autoridades para o que for necessário e sanará eventuais irregularidades, aprimorando a governança administrativa para seguir contribuindo com o desenvolvimento do país."
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