"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

TCU APONTA ROUBALHEIRA NO COMPERJ

Era uma refinaria muito engraçada, não tinha estrada, não tinha nada.

 
A evolução do Mensalão para o Petrolão: Lula, em 2006, lançando o Comperj, prometendo que a obra ficaria pronta em janeiro de 2011. Hoje ninguém sabe quanto vai custar, muito menos quanto será inaugurada.

A roubalheira promovida pelo aparelhamento do PT na Petrobras fez com que as obras  do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) ultrapassassem todos os limites em termos de corrupção oficializada. É incompreensível que a presidente da Petrobras, diretores e gerentes envolvidos ainda não tenham sido algemados e jogados na traseira de um camburão da Polícia Federal. A própria presidente da República já deveria ter sido responsabilizada criminalmente. Uma obra que começou em U$ 6,1 bilhões já está orçada em U$ 47,7 bilhões, pois não tinha projeto e, assim sendo, não tinha um orçamento real. Vejam o absurdo! Equipamentos de R$ 1,5 bilhão estão apodrecendo porque não existem estradas que suportem o seu peso e, portanto, não podem chegar à obra. A matéria a seguir é de O Globo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou um acórdão para pedir informações à Petrobras sobre supostas irregularidades em contratações para obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Serão ouvidos também os gestores responsáveis, caso as respostas da companhia não sejam consideradas suficientes pela área técnica. Os ministros querem explicações para a celebração de contratos de US$ 7,6 bilhões sem licitação firmados na gestão de Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da Petrobras. Questiona-se também a compra de equipamentos que não serão mais utilizados no projeto e aditivos de R$ 1,5 bilhão celebrados porque equipamentos não puderam chegar no prazo devido a falta de vias de acesso. 

O relatório sobre o tema foi apresentado pelo ministro José Jorge no dia 15 de outubro. Na sessão desta quarta-feira, o ministro Bruno Dantas, que tinha pedido vistas, deu a sugestão de que já se autorizasse a área técnica a ouvir os gestores caso não considerem suficientes as respostas da Petrobras. A sugestão foi aprovada.
 
A auditoria realizada pelo TCU destacou que há números divergentes dentro da própria Petrobras sobre o custo estimado para a obra. A previsão inicial era de US$ 6,1 bilhões. A companhia já elevou essa estimativa oficialmente para US$ 30,5 bilhões, mas a área de Estratégia Corporativa da empresa trabalha com a previsão de gastos de US$ 47,7 bilhões. No projeto original, o Comperj seria um grande complexo petroquímico. Após várias mudanças o formato atual é de uma refinaria com dois trens de produção para refino de 465 mil barris de petróleo por dia com a construção posterior da área de petroquímica. A primeira fase tinha 75% de execução física em junho, segundo a Petrobras.

O acórdão pede a fiscalização de um contrato de US$ 3,8 bilhões sem licitação com empresas citadas na Operação Lava-Jato da Polícia Federal, que prendeu Costa. O objeto é a construção da central de utilidades, que reúne casa de força e estações de tratamento de água e efluentes. O Consórcio TUC Construções, formado por UTC Engenharia, Construtora Norberto Odebrecht e Projeto de Plantas Industriais (PPI) foi contratado de forma direta. Outros dois contratos que totalizam US$ 3,8 bilhões, também firmados sem licitação no mesmo período, já são objeto de fiscalização específica.

A auditoria que subsidiou a decisão dos ministros levantou ainda que a Petrobras já teria pago R$ 1,5 bilhão em aditivos porque construtoras estão esperando a chegada de equipamentos a Itaboraí, onde está sendo construído o Comperj. Essa demora ocorreria porque as estradas para a região não suportariam o peso dos equipamentos a serem transportados. Há ainda um prejuízo estimado em mais de R$ 50 milhões com equipamentos comprados que não serão mais utilizados devido às mudanças no projeto.
 
13 de novembro de 2014
in coroneLeaks

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