"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A JUSTIÇA AMERICANA PODE GARANTIR O FINAL EXEMPLARMENTE FELIZ DE UM FILME SOBRE O PETROLÃO: NENHUM BANDIDO ESCAPA DA CADEIA


 


 
“A Petrobras é como a Seleção, um símbolo do Brasil em qualquer lugar do mundo”, disse Lula em 2007.  
”Com o pré-sal, a Petrobras vai ser uma das empresas mais fortes do  mundo”, avisou em 2008.
“Eles querem privatizar a Petrobras porque nunca antes neste país o Brasil teve uma potência conhecida no resto do mundo”, festejou em 2009.
“Eles não se conformam com o governo de um nordestino que fez a Petrobras ser respeitada no mundo inteiro”, cumprimentou-se em 2010, pouco antes de entregar a Dilma Rousseff uma estatal infestada de incompetentes, gatunos e vigaristas.
A presença da palavra mundo em todas as frases acima reproduzidas informa que o ex-presidente é um megalomaníaco sem cura.
As quatro falácias entre aspas identificam um governante sem compromisso com a verdade. A soma das duas disfunções confirma aos berros que um farsante patológico foi presidente da República durante oito anos e continua exercendo os poderes de único deus da seita que se apossou do governo.
O Brasil Maravilha registrado em cartório só existe na cabeça baldia do chefe supremo e nos cérebros semidesertos de sacerdotes e devotos.
Até o começo do século, a Petrobras foi marcada pela solidez financeira e pela eficiência administrativa.
Em 12 anos, o governo lulopetista reduziu a empresa a um viveiro de corruptos. O colosso inventado pelo palanque ambulante só figurou entre os campeões dos petrodólares na imaginação dos nacionalistas de galinheiro. A empresa admirada no mundo inteiro nunca produziu barris suficientes para assombrar o mundo. Mas conseguiu produzir um caso de polícia que vai, agora sim, torná-la mundialmente conhecida.
O que já se sabe do Petrolão comprova que em nenhuma empresa do ramo um bando de delinquentes roubou tanto, por um período de tempo tão longo e com tamanha desfaçatez.
Com a entrada em cena da Justiça americana, a história tem tudo para virar roteiro de um filme. Semanas a fio, multidões de brasileiros lotarão as salas de cinema do país inteiro.
Ninguém vai perder a chance de ovacionar o final exemplarmente feliz: graças à ajuda dos investigadores americanos, nenhum bandido ─ nenhum ─ escapa da cadeia.
 
13 de novembro de 2014
Augusto Nunes, Veja online

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