Fala que eu te escuto – Líder da oposição no Congresso Nacional, o deputado federal Ronaldo Caiado conseguiu aprovar nesta quarta-feira (29) requerimento de convocação ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), para que o mesmo deponha na Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural.
O ministro será obrigado a comparecer em até trinta dias após notificação para explicar a venda de 51% das Centrais Elétrica de Goiás (Celg) à Eletrobras às vésperas das eleições. O requerimento também se estende com convites ao presidente da Celg, José Fernando Navarrete Pena.
Ronaldo Caiado argumenta que a negociação foi feita de forma suspeita e que vai comprometer principalmente os setores mais carentes do estado.
“A população goiana não admite que isso continue no subterrâneo como está sendo feita até o momento. Goiás hoje perde a maior empresa do Centro-Oeste brasileiro, vendida 51% de suas ações por um valor irrisório de R$ 59 milhões. Ora, todos nós sabemos que no momento em que for feita a renovação da concessão, em 2015, o valor de mercado passará a R$ 15 bilhões”, explicou o democrata.
Ao defender o requerimento, Caiado lembra que Goiás precisa da Celg para fazer política social e atender às pequenas e médias propriedades rurais que sofrem com prejuízos por conta do mau serviço ofertado.
Ronaldo Caiado também defendeu questionamentos sobre o período em que a negociação foi consumada, às vésperas das eleições e a tomada de empréstimo pelo Estado. Ele lembra que a lei proíbe vários tipos de repasses de verbas para esferas públicas, o que torna a venda da companhia suspeita pelo montante transferido.
“Não entendemos como e porque ela aconteceu exatamente em um período onde há o impedimento no repasse de verbas públicas. Por que autorizar vender a maior empresa pública do meu estado? Por que foi feita essa negociata em período eleitoral e por que o governo de Goiás recebeu um empréstimo da Caixa de R$ 1,9 bilhão quebrando uma regra do Conselho Monetário Nacional que limita esse repasse às concessionárias de distribuição elétrica em R$ 900 milhões?”, questionou.
29 de outubro de 2014
ucho.info
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