"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

SE NÃO FOI O PSOL NEM O PSTU, QUEM FINANCIOU OS BADERNEIROS?

 



Após a declaração de Caio Silva de Souza de que “os partidos que levam bandeira são os mesmos que pagam os manifestantes”, dita em depoimento à polícia, representantes dos partidos PSTU e PSOL negaram qualquer financiamento a manifestantes.
 
O chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, disse na manhã desta quinta-feira, que a Coordenadoria de Informações e Inteligência Policiais (Cinpol) e o setor de Inteligência da Secretaria de Segurança vão coordenar a investigação que apura o suposto aliciamento aos jovens Caio Silva de Souza e Fábio Raposo. Os dois, que já estão presos, teriam dito ao advogado Jonas Tadeu Nunes que foram aliciados e remunerados para provocar tumultos.
 
— Somos um partido de esquerda, com militantes que trabalham de forma voluntárias. Não pagamos sequer cabos eleitorais — afirmou o presidente nacional do partido, que acredita ainda que cabe a polícia investigar as acusações de que partidos estariam dando dinheiro ou qualquer tipo de ajuda a Black Blocs:

— O fato de militantes de partidos de esquerda levarem bandeiras para as ruas não significa que estes partidos estejam envolvidos. Se isso realmente acontece, o que os leva acreditar justamente os que estão lá com bandeiras estão por trás disso? Seria o mesmo que achar que bandido coloca placa nos local do crime — declarou.
Em nota, o PSTU também negou qualquer ligação com Black Bloc ou financiamento de manifestantes. O partido pede ainda que a denúncia seja apurada:

“Se eles receberam dinheiro para agirem como provocadores, exigimos que se diga quem os financiou. Não só quem financiou esses jovens, mas quem financia a defesa da dupla acusado-delator. No entanto, somos radicalmente contrários à perseguição que os governos vem promovendo contra os movimentos sociais. A violência instaurada naquele dia na Central do Brasil é de responsabilidade do governo e da polícia militar. Prestamos nossa solidariedade aos familiares de Santiago e continuaremos lutando para que novas tragédias como esta não aconteçam”, diz trecho da nota.
DEPOIMENTO

No depoimento dado à polícia, ao qual o jornal “Extra” teve acesso, Caio negou conhecer as pessoas que aparecem na manifestação e oferecem dinheiro a quem participa do ato. Segundo ele, “elas falam que se tiver com dificuldade financeira para voltar na próxima (manifestação), pode pegar com eles o dinheiro da passagem, bem como aparecem com lanches e quentinhas”.

Em outro trecho do depoimento, Caio não é taxativo mas diz acreditar “que os partidos que levam bandeira são os mesmos que pagam os manifestantes”. Ele informa já ter visto “bandeiras do PSOL, PSTU e FIP (Frente Independente Popular), sendo esta um dos grupos que organiza reuniões plenárias”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGSe não é PSOL nem é o PSTU, quem paga os vândalos e black blocs? Detalhe importante que precisa ser levado em conta na investigação: as bandeiras do PSOL e do PSTU sempre estiveram nos protestos, desde a primeira manifestação do grupo Passe Livre, na Avenida Presidente Vargas, que foi o começo de tudo no Rio de Janeiro e reuniu apenas cerca de 250 pessoas. Outro detalhe: PSOL e PSTU são partidos ridiculamente pobres. A acusação é grave e precisa ser apurada com seriedade. (C.N.)

13 de fevereiro de 2014
Simone Candida, O Globo

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