"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A TRAUMATIZADA E A MEA CULPADA


O Globo de 12/2/2014 traz uma citação e um artigo, respectivamente da secretária de Direitos Humanos e  de uma jornalista, Heloisa Seixas. A secretária Maria do Rosário, apesar de o tema ser o “assassinato do Santiago” soltou a seguinte pérola: “ ... Os primeiros a serem atacados pelas ditaduras também são jornalistas...”. Mas, o que a desventura do Santiago tem a ver com ditaduras???

A secretária, com isso, apenas reafirma que tem trauma de ditaduras, especialmente as de direita. Mas como? Começou sua carreira política como vereadora eleita pelo PC do B, um partido que defende um sistema tão perverso para o povo que só subsiste justamente com uma ditadura? Tem horror de ditaduras, mas seu partido inicial só toma o poder com ditaduras!!! Quanta falsidade!!!

E, sobre o mesmo tema, lembrou que “militantes lutaram contra o regime de exceção para que pudéssemos, hoje, viver em um estado democrático”!!!!! Volto a perguntar: o que a desventura do Santiago tem a ver com isso??? Sempre a mesma lengalenga!! Volte, secretária, às aulas de história e consulte revistas e jornais da época – a internet as tem - que verificará que o presidente Jango, com suas reformas de base, é que queria transformar o Brasil numa ditadura comuno-sindicalista, e foi derrubado pelos militares, instados pelo povo brasileiro, cansado de tanta baderna e desmando.

Do wikipédia, “A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi o nome comum de uma série de manifestações públicas organizadas por setores conservadores da sociedade brasileira em resposta ao comício realizado no Rio de Janeiro, em 13 de março de 1964, durante o qual o presidente João Goulart anunciou seu programa de reformas de base. Congregou meio milhão de pessoas em repúdio ao Presidente João Goulart e ao regime comunista vigente em outros países”.

Depois, o governo militar sofreu resistência por parte dos que queriam não a democracia, mas tomar o poder para implantar a mesma ditadura comunista, como o assassino Prestes, em 1935, que recebia ordens e dinheiro da Internacional Socialista, diretamente de Moscou, um vergonhoso traidor da pátria!!

A secretária só pensa naquilo... ditadura!. Alguém precisa levá-la à consulta com os médicos cubanos, vindos de......uma ditadura!! Calma, nenhum problema para a secretária: é de esquerda! E que seja logo, antes que os médicos todos se escafedam...

 Heloisa Seixas, em ótimo, pela sinceridade, artigo, “O Silêncio Cúmplice”, faz “mea culpa, minha máxima culpa”, criticando os vândalos, ao escrever, ... “com o objetivo puro e simples de destruir, sem qualquer reivindicação a movê-los”. E continua: “Jovens advogados, políticos progressistas, instituições que sempre defenderam os direitos humanos, todos têm saído em defesa dos manifestantes, na presunção de que, entre perseguidos e policiais, os primeiros têm sempre razão. Mas os Black blocs, ou seja lá que nome tenham, vinham dando sinais nos quais deveríamos ter prestado atenção: havia tintas neonazistas no comportamento deles, inclusive na hostilidade à imprensa”. E arremata: “ Mas parecia retrógrado, uma coisa velha, de direita, ser contra os manifestantes. Poucos de nós na imprensa, tivemos coragem de escrever contra eles com a força necessária. Afinal, como defender  policiais e governos suspeitos. logo nós, que trabalhamos sob censura e combatemos a ditadura? Melhor ficarmos quietos, em nome da democracia. Em nome do direito à livre manifestação – mesmo com bombas e pedras”.

Jornalista Heloisa: bem-vinda ao mundo real, e não a essa fantasia utópica esquerdista, tolerante e piedosa, em que todos são iguais e bons, e os malfeitores são apenas fruto da sociedade, cruel e desumana. No estado democrático de direito, que ambos queremos, há direitos, mas deveres também, lei e ordem, liberdade e prisão, prêmio e punição, sem o que sobressairia o caos. Receba nossos prolfaças por ter rompido esse “silêncio constrangido”.

Esperemos, agora, que certos professores e alunos universitários, ONG e pastorais piedosas façam o mesmo, reconhecendo que o comunismo sem classes,  do “de cada um segundo seu trabalho, a cada um segundo suas necessidades” é a maior utopia do mundo, e que, quem advoga esse regime, além disso, cruel e assassino, como mostrou a História –esse imenso sistema de alarme-, é nada mais do que um ingênuo caminhante da marcha da insensatez, tal como Prestes e suas ridículas e fracassadas  Coluna e Intentona.
 
13 de fevereiro de 2014
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.

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