A cineasta Sandra Werneck adiou, por falta de patrocínio, a realização do filme que contaria a trajetória de Marina Silva antes da sua atividade política. A produção não conseguiu arrecadar nem um centavo para o longa, cujas filmagens estavam originalmente previstas para ocorrer em 2012. Quando o projeto foi anunciado, há dois anos, o custo estimado do filme era de R$ 6 milhões. Hoje, porém, o valor seria ainda maior.
Werneck (codiretora do sucesso de bilheteria "Cazuza - O Tempo Não Para") disse àFolha que a proximidade das eleições também fez com que ela suspendesse o projeto. A cinebiografia do ex-presidente Lula, dirigida por Fábio Barreto e lançada em 2010 --quando Dilma Rousseff foi eleita ao Palácio do Planalto--, teve orçamento de quase R$ 12 milhões. Werneck afirmou que a produção procurou várias empresas, mas nenhuma quis investir no projeto. "Acho que a dificuldade é porque a Marina é oposição e acho que o empresariado, de alguma maneira, ficou reticente", disse.
Nem a Natura --empresa de cosméticos cujo sócio, Guilherme Leal, foi candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva em 2010-- quis patrocinar o longa, segundo Werneck. A diretora afirmou que entrou em contato com a ex-senadora para comunicar que a realização do filme seria adiada e que Marina foi "incrivelmente generosa". "Eu continuo apaixonada pela história de vida dela", expôs a cineasta, que disse não ter desistido do filme, que tem roteiro de Anna Muylaert ("É Proibido Fumar").
( Folha de São Paulo)
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