"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PARA PRESSIONAR DILMA, RENAN CALHEIROS DECIDE INSTALAR CPI DA COPA

Segundo peemedebistas, decisão foi motivada por recusa de apoio ao filho do senador alagoano na corrida estadual e ação do PT para comandar Senado em 2014
 
 
Em mais um embate com a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisou ao vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) que vai instalar, na próxima terça-feira (5), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa do Mundo. A atitude de Renan, segundo interlocutores, tem como motivação a recusa do PT e do Palácio do Planalto em apoiar uma possível candidatura de seu filho, o deputado Renan Filho (PMDB-AL) ao governo de Alagoas no próximo ano.
O PT concorda em apoiar uma eventual candidatura do próprio Renan Calheiros ao governo do estado. No entanto, no caso da candidatura de Renan Filho, tanto o PT quanto o governo já avisaram que não estão dispostos a um acordo. A opção do partido da presidente Dilma Rousseff, nesse caso, seria a de se coligar com o PP e levar a frente a candidatura do senador Benedito de Lira (PP-AL).
Agência Brasil
Enfrentamento de Renan também motivou a inclusão da autonomia do BC na pauta do Senado

 
Por trás da negociação eleitoral, peemedebistas enxergam uma ação do PT para assumir o controle do Senado a partir de 2015. Contra isso, os peemedebistas tentam se prevenir de um desfalque na Casa, já que pelo menos dois caciques do partido no Senado podem abrir mão do mandato se forem eleitos aos governos de seus estados. O dilema no maior partido aliado do governo, segundo um de seus líderes, é quem ficará para comandar a Casa.
Entre os peemedebistas que podem deixar a Casa, estão o líder do partido, senador Eunício Oliveira, que concorrerá ao governo do Ceará, e do líder do governo, Eduardo Braga, que concorrerá ao governo do Amazonas, além de Ricardo Ferraço, que também planeja se candidatar ao governo do Espírito Santo. Também não está nos planos do ex-presidente José Sarney (PMDB-AL) disputar um novo mandato no próximo ano.
O desfalque do PMDB no Senado pode incluir ainda o senador Vital do Rêgo (PB), cotado para assumir o Ministério de Integração Nacional na reforma que a presidente fará em dezembro.
Para tentar controlar as tensões com Renan, a presidente Dilma Rousseff, por meio do vice-presidente Michel Temer, chamou Vital e Eunício para uma reunião em seu gabinete. A conversa está prevista para a próxima quarta-feira.
A criação de uma CPI para investigar possíveis desvios e superfaturamento de obras em plena ano de Copa do Mundo e eleições é tudo que o Planalto não quer. A proposta de instalação da comissão, de iniciativa do senador Mário Couto (PSDB-PA), angariou 33 assinaturas, seis a mais que o mínimo necessário. O projeto está na Mesa Diretora do Senado há quase duas semanas e sua instalação só depende da vontade de Renan.
O enfrentamento de Renan a Dilma também foi motivação para que ele colocasse na pauta do Senado na última semana a proposta que prevê total autonomia do Banco Central, com eleições para seus presidentes, hoje indicados pela Presidência da República. O governo é contrário á proposta e a oposição decidiu defender essa bandeira, apesar de ter sido rechaçada quando tramitou durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
01 de novembro de 2013
 Luciana Lima - iG 

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