"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

MIRO TEIXEIRA DEIXA PDT E SE FILIA AO PROS PARA CONCORRER AO GOVERNO DO RIO

Deputado trabalhou para criar a Rede, cujo registro foi negado pelo TSE

No PDT desde 1988, Miro Teixeira se filiou ao PROS
Foto: André Coelho / Arquivo O Globo
No PDT desde 1988, Miro Teixeira se filiou ao PROS André Coelho / Arquivo O Globo
 
O deputado federal Miro Teixeira deixou o PDT e se filiou nesta sexta-feira ao recém-criado PROS, partido pelo qual deve disputar o governo do Rio. O parlamentar trabalhou ao lado da ex-senadora Marina Silva pela criação do Rede Sustentabilidade, que teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na segunda-feira, Miro ligou para o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, comunicando da decisão de sair do partido. Fez dois comunicados, um para o caso de o Rede sair do papel, o que acabou não acontecendo, e outro afirmando que ia para o PROS, após receber convite do deputado federal Hugo Leal e do ex-ministro Ciro Gomes.
 
Miro estava no PDT desde de 1988, mas passou nesse período por PT e PPS. Não chegou a disputar eleição por nenhum dos dois. O parlamentar afirma que estava sentindo que era um incômodo para o partido.
 
- Percebi que para o PDT, na organização burocrática, eu estava sendo incômodo. O partido muito próximo do governador Sérgio Cabral e isso a mim não agrava - disse ao GLOBO.
 
 
A vontade de Miro é concorrer ao governo do Rio e, no PDT, ele sentia que isso não seria sequer discutido:
 
- Nunca é fácil (deixar um partido em que se está há tanto tempo). Agora, depois de tomada a decisão, você fica muito tranquilo. A angústia é quando está se organizando o processo de convencimento, mas você fica tranquilo (com a decisão) quando você se convence e chega à conclusão de que está sendo excluído de uma disputa e que já há uma pré-determinação de apoiar o candidato do governador. O Lupi negava para mim, mas não era isso que eu via nos jornais. Mas, a saída é sem ressentimento.
 
O agora ex-pedetista afirmou que não condicionou sua ida ao PROS à candidatura ao governo do Rio e que a iniciativa neste sentido foi do próprio Hugo Leal, o articulador da nova sigla no estado. Miro disse ainda que não há preferência ou rejeição a nenhum partido tendo em vista a aliança para a disputa.
 
- Acho que a primeira discussão tem que ser dentro do próprio partido. Temos que produzir um ambiente de debate - declarou Miro.
 
O deputado afirmou que o escândalos envolvendo pessoas do PDT não afetaram sua decisão de deixar a sigla:
 
- O responsável pelo crime é quem o comete, no PDT ou em qualquer partido. Não é a legenda que fica maculada. Tem muita gente boa no PDT, lutadores antigos de batalha arriscadas. Muitos desses se sentiram excluídos e saíram.

04 de outubro de 2013
Juliana Castro - O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário