"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Dilma tem de explicar problemas na Petrobrás e o Mensalão no Trabalho que independem da “espionagens”
 
 
A Presidenta Dilma Rousseff não tem condições morais de reeditar seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, para alegar que nada sabia sobre megaproblemas (como os que ocorrem na gestão de vários projetos da Petrobrás) ou de megaescândalos (como a milionária reedição do mensalão no Ministério do Trabalho). Por isso, torna-se ridícula qualquer bravata contra a espionagem praticada pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA contra o governo brasileiro, seus integrantes e suas estatais de economia mista.
 
Dilma e seu Presidentro Lula, na verdade, estão morrendo de medo do conteúdo, que venha a ser vazado midiática, policial e judicialmente, de tudo que a espionagem norte-americana registrou. Por isso, o rugido de guerra da Dilma contra o governo Barack Obama só pode ser encarado como um espetáculo do teatrinho do João Minhoca. Soam como piadas as ameaças de que vai denunciar os EUA na abertura da próxima assembleia geral da ONU, em 24 de setembro, ou de que vai adiar, em retaliação, a visitinha a Washington que faria em 23 de outubro, a convite da própria Casa Branca.
 
A casa do governo tem tudo para desabar. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou convite para ouvir autoridades estratégicas do governo Dilma sobre as denúncias de espionagem norte-americana, principalmente contra a Petrobrás (o calcanhar de Aquiles da petralhada). Terão de depor aos senadores as super-poderosas Maria das Graças Foster, presidente da estatal de economia mista, e Magda Chambriard, presidente da Agência Nacional de Petróleo. A CAE também quer ouvir, em audiência pública, os ministros Celso Amorim (Defesa), Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores), e o General José Elito (Segurança Institucional).
 
Os depoimentos tendem a dar em nada, como de costume. No entanto, provocam um mega-desgaste no Governo Dilma-Lula-Dirceu.      
 
Sem fim?
 
O ministro Gilmar Mendes advertiu ontem que, se o Supremo aceitar os embargos infringentes como algo legítimo de ser apreciado, o julgamento do Mensalão tem data indefinida para terminar.
 
Pois esta é realmente a finalidade chicaneira e juridicamente golpista dos defensores dos mensaleiros: adiar ao máximo a decisão final, para que as condições políticas fiquem ainda mais favoráveis ao PT, e se consiga mudar o resultado do julgamento da Ação Penal 470, a partir da nova configuração do STF.
 
O que é fundamental indagar é: o que pode acontecer, institucionalmente falando, se o julgamento do Mensalão só acabar no dia de São Nunca?
 
O Aposentável
 
 
Senso do Ridículo
 
Foi emblemático o recado do ministro Gilmar Mendes, sob o risco de aceitação dos embargos infringentes como recurso válido, que pode mudar as sentenças do Mensalão:
 
“Eu sempre digo o seguinte: a gente tem que rezar para não perder o senso de justiça. Mas se Deus não nos ajuda, pelo menos que rezemos para que não percamos o senso do ridículo”,
 
Gilmar votará contra os embargos, assim como já votou o ministro Joaquim Barbosa, mas o voto dos demais ministros é uma hiper incógnita...
 
Vale repetir
 
O Alerta Total insiste na tese de ontem:
 
No estágio atual da perigosa bagunça institucional tupiniquim, não dá para conceber que o Supremo Tribunal Federal cometa o desatino de proclamar que seu regimento interno vale mais que uma lei, para aceitar os embargos infringentes que podem salvar muitos ilustres condenados no Mensalão, revendo as penas dadas inicialmente.
 
Como o desfecho do Mensalão envolve interesses muito acima dos nacionais, qualquer decisão do Supremo pode gerar um tsunami institucional.
 
Direção automática
 
Já pensou se o governo brasileiro fosse dirigido com essa precisão do carrinho alemão?



É o Dia?
 
Perguntar, nunca ofende, mesmo que com ironia…
 
Será que hoje teremos um “11 de setembro” no STF?
 
Ou os ministros deixarão as frágeis torres de nossa Justiça em pé, protegidas do golpismo jurídico petralha?
 
Conversa no além...



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

12 de setembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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