"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

EX-JUIZ AFIRMOU, EM PALESTRA, QUE SE SENTE HONRADO POR TER NOME LEMBRADO PELO PRESIDENTE PARA VAGA NO STF

‘Não estabeleci nenhuma condição para assumir ministério’, diz Moro


Ministro de Bolsonaro afirmou que não vai 'estabelecer condições sobre circunstâncias do futuro que não se pode controlar' (Gisele Pimenta/FramePhoto/Folha Imagem)

O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, afirmou nesta segunda-feira, 13, que não estabeleceu nenhuma condição para fazer parte do governo de Jair Bolsonaro. O ministro afirmou que se sentia “honrado” por ter seu nome citado pelo presidente como primeira opção para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à Rádio Bandeirantes neste domingo, 12, Bolsonaro declarou que pretende “cumprir o compromisso” de indicar Moro ao STF.

“Ele [Bolsonaro] foi eleito, fez o convite, fui até a casa dele no Rio de Janeiro. Nós conversamos e nós, mais uma vez publicamente, eu não estabeleci nenhuma condição. Não vou receber convite para ser ministro e estabelecer condições sobre circunstâncias do futuro que não se pode controlar”, afirmou o ex-juiz da Operação Lava Jato, em palestra no Congresso Nacional Sobre Macrocriminalidade e Combate à Corrupção, em Curitiba.

Durante a entrevista à Band, Bolsonaro afirmou que “uma pessoa da qualificação do Moro se realizaria dentro do STF” e que o atual ministro seria “grande aliado da sociedade brasileira” no Supremo.

No fórum na capital paranaense, o ministro falou sobre crime organizado e corrupção no Brasil ao lado do desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no tribunal de segunda instância. O evento foi organizado pela Escola da Magistratura Federal do Paraná (Esmafe-PR) e a Associação Paranaense dos Juízes Federais (Apajufe) e acontece na Universidade Positivo.

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Vaga no STF

A próxima vaga a ser preenchida no STF será aberta em novembro de 2020, quando o decano da Corte, ministro Celso de Mello, completará 75 anos de idade e se aposentará compulsoriamente. Uma outra cadeira ficará disponível no STF em julho de 2021, ainda no mandato de Bolsonaro, quando o ministro Marco Aurélio Mello chegará aos 75 anos.

“Quando surgir a vaga isso vai ser discutido, antes não”, declarou Moro nesta segunda. “Como disse, eu fico extremamente honrado com a posição do presidente, claro, fui magistrado 22 anos, todo magistrado tem o sonho de compor o Supremo Tribunal Federal, mas isso não é algo com o que eu me preocupo no momento. No fundo o que nós fazemos agora é nos focar no trabalho do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, afirmou.

O ministro reiterou que, no encontro com Bolsonaro, logo após a eleição, disse ao então recém-eleito presidente. “O que eu levei ao presidente foi: ‘Presidente, eu quero trabalhar contra a corrupção, crime organizado e crime violento. Esse tem que ser o foco do Ministério da Justiça e Segurança Pública. E houve uma convergência de pautas.”

(Com Estadão Conteúdo)


13 de maio de 2019
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