"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 7 de julho de 2018

BOLSONARO BATE CONTINÊNCIA PARA O PIB E FAZ A DEFESA DOS PATRÕES

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Bolsonaro fez o discurso que interessa aos empresários
Há 28 anos, Jair Bolsonaro é pago para elaborar leis e fiscalizar o Orçamento. O deputado está prestes a concluir o sétimo mandato, mas ainda não encontrou tempo para estudar o básico sobre contas públicas. É o que ele mesmo tem repetido quando comparece a sabatinas com os presidenciáveis. “Sou capitão do Exército, sou artilheiro. Mas de economia… eu não estudei economia”, disse ontem, em encontro promovido pela Confederação Nacional da Indústria. “Será que nós temos que entender de tudo?”, questionou.
Enquanto os adversários apresentavam ideias para resolver o desequilíbrio fiscal, Bolsonaro tentava desconversar. “Quem botou o Brasil nessa situação, se não foram os economistas?”, disse. Em seguida, ele pareceu mudar de ideia. Pediu que as perguntas da plateia fossem encaminhadas ao economista Paulo Guedes, que o apoia: “A pessoa adequada é ele, não eu”.
SEM DOMÍNIO – O presidenciável adotou a mesma tática para fugir de uma questão sobre educação. “Não quero falar daquilo que não domino”, escapuliu. “Quem tem competência pra tudo? Se nós temos de nos socorrer da esposa para administrar uma casa, quanto mais para administrar um país”.
Apesar de admitir que não entende de economia, Bolsonaro não vacila ao dizer que tomará o lado dos patrões em disputas com empregados. “Tem que fazer valer a vontade dos senhores”, disse, diante da plateia de empresários. “A grande mídia tem que parar de ver os senhores como bandidos. Ser patrão no Brasil é ser bandido”, continuou, sob aplausos.
MENOS DIREITOS – O candidato acrescentou que, se for eleito, os trabalhadores terão que decidir entre ter “menos direitos e emprego ou todos os direitos e nenhum emprego”. O capitão já havia batido continência para o PIB na terça-feira. Em encontro com empresários em São Paulo, ele se comprometeu a manter as reformas do governo Temer e a ampliar as privatizações.
Embora se esforce para vestir a farda de liberal, o deputado ainda tropeça no histórico de defesa das corporações. Na sabatina de ontem, ele disse que os militares merecem se aposentar mais cedo e defendeu que alguns políticos acumulem vencimentos acima do limite constitucional. “Quem tem aposentadoria, dá um extra-teto, se for o caso”, afirmou.

07 de julho de 2018
Bernardo Mello Franco
O Globo

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Quem são os presidenciáveis e que novas propostas apresentam, com seus discursos repetidos e abarrotados de promessas impossíveis de serem cumpridas? As mesmas caras de sempre, carregando na bagagem a ambição de resolver todos os problemas... 
Parece que o Brasil mudou. Não o Brasil da politicalha... O outro Brasil, aquele que fica do lado de fora, aquele do povo, que um ministro do Supremo chamou de perigoso.
Não mudou grande coisa, mas mudou, isso é inegável. Diante de tantos desatinos perpetrados por 13 anos, diante de tantos desastres e escândalos, jamais vistos, aprendemos e nos enojamos dessas caras repetidas no vídeo daquele aparelhinho idiotizador, apelidado de TV, cujo criador declarou certa vez que não gostaria de ver seu filho assistindo o que seria ali colocado.
Quanto ao seu tempo de parlamentar, ele tem dito e repetido que impediu muita barbaridade proposta, usando uma metáfora de futebol, que o goleiro não tem o brilho do centro-avante, a quem cabe os gols da vitória. Ele apenas se esforça para que o adversário não tente fazer mais gols do que o seu time.
Um candidato que evita promessas e tem a humildade de pedir a colaboração daqueles, cujo conhecimento e experiência, aportem soluções, o que deixou muito claro na palestra feita na CNI, merece os aplausos que recebeu.
Não se trata de submissão à elite industrial (ela não precisa de  submissão!), mas de reconhecimento da sua importância no processo de geração de empregos e desenvolvimento do país.
Fica sempre a velha questão: a quem interessa inviabilizar a possível vitória de Bolsonaro?
Os grandes inimigos continuam em suas tocaias, sempre prontos com seus ardis e comentários dúbios, semeando o medo do que possa acontecer com a sua ascensão ao poder, 
pois o poder é doce regalo dos deuses, promessas de futuro.
De fato, grandes turbulências estão visíveis no horizonte. 
Acrescentemos apenas, que tais turbulências apontam para o bem do Brasil.
Mas um país que vive sob a judicialização ditatorial de um Supremo, mais uma turbulência que se apresente na direção de restaurar alguma ordem e princípios, que tentem salvar o país do seu naufrágio, será bem-vindo.
m.americo

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