"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

MEUS DIAS FORAM ASSIM, UM POUCO DIFERENTES DO QUE APARECE NA TV GLOBO

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(ihmullerpt.wordpress.com)
Meus dias foram assim, um pouco diferentes daquilo que tem sido mostrado pela Rede Globo no seriado “os dias eram assim”. Pude estudar em boas escolas públicas, nunca apanhei da polícia nem tive problemas com os militares. Também, nunca detonei bombas terroristas nem tinha tempo para me meter em confusões, pois precisava trabalhar.
Empregos? podíamos escolher, pois as empresas investiam no país por terem garantias de segurança.  Havia confiança no Brasil. Os classificados dos principais jornais da época  – no Rio de Janeiro, o Correio da Manhã e Jornal do Brasil, em São Paulo o Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo –  continham cadernos só para ofertas de empregos.
Andava nas ruas a qualquer hora e utilizava transportes públicos na maior segurança. Íamos às praias sem perigos de arrastões. As vezes, até dormíamos na areia, após uma boa festa que entrava pela madrugada.
REFERÊNCIA – As escolas públicas eram referência. As universidades funcionavam e os alunos conseguiam se formar no tempo regulamentar. Isso sem falar nas grandes obras realizadas nesse país, como a Ponte Rio Niterói,  a Usina de Itaipu, Usina Nuclear de Angra dos Reis, modernização dos Portos, a Rodovia Transamazônica e muitas outras integrando o território brasileiro.
Corrupção? existia, mas não nos níveis diluvianos atuais, era pouca. Não se sabe de nenhum ex-presidente militar que tenha deixado o governo milionário.
Claro que ocorreram exageros por parte de alguns, porém temos que considerar que isso se agravou após o início de luta armada pela então oposição aos governos militares. Alguns eram muito jovens, de fato, movidos pelo ímpeto da juventude e influenciados por inescrupulosos aliciadores, visionários e oportunistas, antecessores dessa patota que atualmente veste vermelho e cultua a retrógrada bandeira vermelha.
ATENTADOS – O seriado não menciona os sequestros nem as bombas que explodiram contra pessoas inocentes. Seria muito bom e importante que fosse mostrada a verdade, não a verdade de conveniência, aquela que se adapta aos interesses econômicos do momento.
Afinal, no dia 31 de março de 1964 os militares livraram o país daquilo que hoje poderia ser pior que a destruída Venezuela, aplaudida por componentes de partidos corruptos e oportunistas.
Naquele dia a Rede Globo não existia. As emissoras que desapareceram e deram espaço para a Globo foram a TV Rio, a TV Tupi e a TV Excelsior, que coincidentemente não apoiaram o regime militar.
FALAR A VERDADE – A Globo cresceu e se tornou esse conglomerado de hoje apoiando e irmanada aos governos militares. Os mais velhos conhecem os episódios do Time Life e da “aquisição” do canal de televisão de São Paulo e, quem não conhece, é só ligar o computador e acessar o Google.
Mas agora virou moda criticar aqueles governos e se apresentar como de esquerda. Só se esquecem que essa mesma esquerda arruinou esse país e o colocou na maior crise moral, política, financeira e econômica de sua história.
Que a Rede Globo não tenha medo de falar a verdade, seria mais útil para o país.

10 de agosto de 2017
Paulo Serra

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