O presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta segunda-feira (3), que o partido não vai fechar questão sobre a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara. Segundo ele, por não ser uma questão partidária, não há razão para obrigar os deputados a seguirem uma orientação. “Não precisa fechar questão, pois isso não é questão partidária, é questão de foro íntimo, de julgamento”, afirmou Jucá.
No entanto, o senador não descarta que a bancada do partido tome a iniciativa “A bancada do partido, se quiser, vai pedir no âmbito da Câmara. A posição do presidente do partido é analisar qualquer pedido e agir como juiz.”
SEM FECHAR QUESTÃO – Quando o partido fecha questão sobre um tema significa que o deputado tem de seguir a posição definida pela sigla para não sofrer uma sanção. Partido de Temer, o PMDB tem 63 deputados federais. A Câmara é composta por 513 parlamentares.
“Nós não fechamos questão no caso do impeachment da Dilma, porque era uma questão processual que estava lá. Você não vai chegar num julgamento e ir no jurado para fechar questão. Respeitamos a posição dos nossos deputados”, disse Jucá.
Nenhuma bancada entre os dez principais partidos da base aliada do governo fechou apoio a Temer contra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Líderes marcaram reuniões nesta semana para tentar definir o posicionamento que devem adotar em relação ao caso na Câmara. Apesar de afirmarem que há maioria na Casa para derrubar o processo, o clima é de incerteza.
PRAZO DA DEFESA – A defesa de Temer terá dez sessões para entregar os argumentos contra a denúncia por corrupção passiva protocolada pelo procurador-geral Rodrigo Janot.
O presidente é acusado com base na delação de executivos do Grupo J&F – controlador da JSB -, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Os advogados dizem que até o fim desta semana devem apresentar a defesa. O Congresso está às vésperas do recesso parlamentar.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma equação fácil de se resolver. Se Temer fosse inocente e estivesse sofrendo perseguição político-judicial, é claro que todos os partidos da base aliada já teriam fechado questão em defesa dele. Na verdade, todos estão cansados de saber que Temer é culpado. Mesmo assim, o pedido de processo tende a ser rejeitado, porque a bancada da corrupção é amplamente majoritária na Câmara. Esta é a realidade política, o resto é folclore. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É uma equação fácil de se resolver. Se Temer fosse inocente e estivesse sofrendo perseguição político-judicial, é claro que todos os partidos da base aliada já teriam fechado questão em defesa dele. Na verdade, todos estão cansados de saber que Temer é culpado. Mesmo assim, o pedido de processo tende a ser rejeitado, porque a bancada da corrupção é amplamente majoritária na Câmara. Esta é a realidade política, o resto é folclore. (C.N.)
04 de julho de 2017
Deu em O Tempo
(Agência Estado)
(Agência Estado)
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