"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 4 de julho de 2017

DESCOLANDO-SE DO PLANALTO, RODRIGO MAIA DECIDIU VIAJAR PARA BUENOS AIRES

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Planalto acha que Rodrigo Maia não é mais confiável
Primeiro nome da linha sucessória do país, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve ir à Argentina em missão oficial no fim desta semana e evitará substituir Michel Temer no Palácio do Planalto durante a viagem do presidente à Alemanha para o encontro do G20. Esta seria a primeira vez que Maia assumiria o comando do Palácio do Planalto desde que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou uma denúncia contra Temer por corrupção passiva, a partir de delações de executivos da JBS.
Citado entre parlamentares e líderes como possível sucessor de Temer em caso de queda, Maia tem adotado uma postura de cautela diante da crise política. Ele engavetou, por exemplo, 24 pedidos de impeachment contra Temer e tem evitado se expor em articulações sobre a votação da denúncia de corrupção contra o presidente.
EUNÍCIO ASSUME – Com a ausência de Maia, o Palácio do Planalto deve ser ocupado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também aliado de Temer.
Segundo a Folha apurou, Maia deve embarcar para Buenos Aires na quinta-feira (6) e retornar ao Brasil no sábado (8), mesmas datas da viagem de Temer a Hamburgo para o encontro dos chefes de governo das 20 maiores economias do mundo.
Apesar dos gestos de Maia, aliados de Temer ainda o observam com desconfiança, uma vez que ele seria o principal beneficiário de uma possível autorização da Câmara ao prosseguimento da denúncia da PGR. Nesse caso, o presidente seria afastado do cargo por até 180 dias para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, e Maia assumiria interinamente o comando do Palácio do Planalto. Ele também é apontado como favorito em uma eleição indireta que seria convocada em caso de condenação de Temer.
RECUO – Inicialmente, o presidente havia decidido não participar da reunião do G20. Nesta segunda-feira (3), no entanto, ele recuou.
Segundo a Folha apurou, a mudança deveu-se ao esforço do presidente de demonstrar que seu governo não está paralisado em decorrência da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Caso não participasse da reunião, o peemedebista seria o primeiro presidente brasileiro a não viajar ao G20 desde 2010.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Temer está naquela situação da célebre peça de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar – se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. (C.N.)

04 de julho de 2017
Bruno Boghossian e Gustavo Uribe
Folha

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