Fecha-se o círculo, importando menos o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal a ocupar as funções de relator dos processos da Lava Jato. Os mais de cem deputados e senadores, como também alguns ministros e o próprio presidente Michel Temer, comporão a chamada lista da Odebrecht, com as respectivas acusações.
A maior dúvida é saber se todos os que receberam contribuições eleitorais através do Caixa Dois responderão por corrupção e se contra eles o Supremo abrirá processos. Pela lei, ficarão sujeitos à cassação de mandato, mas sendo seu número capaz de desfigurar Câmara e Senado, a pergunta é se os doutos ministros irão agir politicamente. Traduzindo: caixa dois bastará para afastar parlamentares ou será tida como falta leve, passível apenas de admoestações?
Existem outras irregularidades, desde barganhas entre ajuda eleitoral e aprovação de medidas provisórias, até desvio de verbas públicas. Além de tráfico de influência, peculato e tantas outras.
Não demora a divulgação da lista da empreiteira, ainda que os processos devam estender-se no mínimo até o fim do ano. Deputados, senadores, ministros e ex-ministros tentarão escapar, muitos sem qualquer esperança, mas a maioria confiando em que a suprema corte venha a adotar o critério político de só condenar aqueles efetivamente implicados na roubalheira, tolerando a Caixa Dois.
SEM EXPLICAÇÃO – Qual a explicação para as dificuldades criadas pelo presidente Donald Trump para a concessão de vistos dos Estados Unidos a cidadãos brasileiros? Adotaremos a recíproca? Torna-se necessária uma palavra do presidente Michel Temer. Quem sabe um gesto do chanceler José Serra?
02 de fevereiro de 2017
Carlos Chagas
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